O predador invisível que ameaça a vida de milhares de aves

Post 14 - Blog Avoando (autor: Sandro Von Matter)

Muitos perigos modernos ameaçam a vida de aves ao redor do planeta. Talvez você não se dê conta, mas a verdade é que, no mundo de hoje, a grande maioria deles é causada por nós. E nada mais natural, afinal, estamos no que os cientistas chamam de Antropoceno. Segundo Colin Waters, autor do estudo The Anthropocene is functionally and stratigraphically distinct from the Holocene, este é o nome que deve ser dado oficialmente ao atual período geológico, criado justamente pelo impacto da humanidade no planeta Terra.

Neste admirável mundo novo, os maiores inimigos das aves não são mais os predadores naturais, mas, sim, uma série de fatores decorrentes da expansão da civilização como, a destruição de habitats, a poluição dos oceanos, as torres de celular, as usinas eólicas (sim, elas também), os gatos domésticos e, um predador invisível, tão sorrateiro que “se esconde bem debaixo dos nossos narizes”.

Exatamente como o alienígena do filme Predador, lançado em 1987, aos olhos das aves, este predador voraz também pode se camuflar e permanecer totalmente invisível. Surpreendentemente, estas “criaturas” consideradas por especialistas como um dos maiores inimigos das aves são as janelas de vidro.

Claro que janelas não saem por aí caçando aves, mas a questão é que as janelas, as vidraças, os painéis de vidro e as gigantescas fachadas espelhadas são praticamente invisíveis para estes animais, que evoluíram para enxergar as cores de uma forma completamente diferente da nossa.

Ao se deparar com painéis ou janelas de vidro transparente, as aves são incapazes de detectar o obstáculo à sua frente. Já no caso de vidros espelhados, é impossível para elas distinguir a diferença entre o que é real e o que é uma imagem refletida. Para ilustrar este fenômeno, assista ao vídeo abaixo e, repare como a ave busca a segurança das árvores, sem perceber que se trata de um reflexo. Se você já foi testemunha de um acidente deste tipo acesse formulário digital aqui e envie seu depoimento.

Esta incapacidade de perceber as janelas é a causa de milhões de mortes de aves, como mostra o estudo Bird–building collisions in the United States: Estimates of annual mortality and species vulnerability, publicado em 2014 na revista científica The Condor. Somente nos Estados Unidos, cerca de 988 milhões de aves morrem anualmente vítimas de colisões em janelas, um resultado no mínimo alarmante.

Segundo Scott Loss, um dos autores da pesquisa, os responsáveis por este verdadeiro genocídio não são apenas os arranha-céus. Na verdade, cerca de 56% das colisões com morte ocorre em edifícios baixos (de 4 a 11 andares de altura), 44% em residências (com 1 a 3 andares de altura) e menos de 1% em prédios com mais de 12 andares de altura.

No Brasil, são escassos estudos abordando o tema, mas qual seria o impacto sobre as populações de aves causado por colisões em janelas no país? Com base nas diferenças entre o clima e a diversidade de espécies dos dois países, é possível presumir a resposta.

Se as estatísticas para um país de clima predominantemente temperado, com apenas 844 espécies (segundo a Birdlife International), apontam a mortalidade de centenas de milhões de aves por ano, qual seria a estimativa para um país como o nosso, com predominância de clima tropical e nada menos que 1919 espécies de aves, de acordo com a última análise do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos?

Seguindo este raciocínio simples e baseando-se no fato de que a instalação de janelas e painéis de vidros transparentes e espelhados se tornaram tão populares aqui quanto nos Estados Unidos, fica claro que, possivelmente, já enfrentamos uma epidemia silenciosa de colisões de aves em janelas. E é também possível supor que seriam, pelo menos, o dobro das colisões que ocorrem nos EUA.

Silenciosa por que? Muitas destas mortes passam despercebidas porque é raro um bando de aves se chocar contra uma janela, ao mesmo tempo. O que geralmente ocorre são colisões individuais ao longo do ano. Dezenas de aves que morrem em decorrência desse tipo de colisão não são sequer encontradas porque acabam sendo devoradas por gatos, ratos ou descartadas pelo serviço público de limpeza. Em outros casos, as aves atordoadas deixam o local seriamente feridas, com lesões como hemorragia cerebral ou rompimento de órgãos internos, voando mais alguns metros e morrendo nas proximidades.

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Hoje, a substituição em massa de grades por vidros, no entorno de edifícios, coloca em risco a vida de dezenas de aves no Brasil

Entre os poucos estudos realizados no país, é interessante citar uma análise de impacto ambiental coordenada pelo pesquisador Dr. Miguel Marini, da Universidade de Brasília (UnB). Os resultados demonstraram que, ao longo de um ano, mais de cem aves de vinte espécies diferentes colidiram e vieram a óbito nas fachadas espelhadas do prédio da Procuradoria-Geral da República, em Brasília (foto abaixo).

colisao-janelas-aves-2-800No local, foram registradas mortes de pombas, beija-flores, andorinhas, uma coruja, um gavião e uma gralha, além de espécies migratórias e, algumas que só existem no Cerrado como o papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops), extinto em São Paulo e considerado espécie ameaçada em Minas Gerais.

Com base no conhecimento científico adquirido ao longo das últimas décadas, é urgente e imprescindível que diretores de empresas, gestores públicos, síndicos e associações de moradores – além dos responsáveis por empreendimentos imobiliários e profissionais como engenheiros, arquitetos e paisagistas – incorporem, em seus projetos ou planos municipais, ações cujo objetivo seja prevenir ou minimizar a morte de aves por colisão.

Qual é a solução para as colisões em janelas e vidros?

A resposta é simples e a solução envolve muito mais o engajamento e a vontade – tanto de autoridades, como de qualquer um de nós – em exercer a cidadania e agir para resolver este problema do que, a invenção de novas tecnologias.

Os motivos das colisões já foram descritos por cientistas e são bem conhecidos: as aves se chocam em janelas simplesmente porque não as enxergam. Então a resposta para o problema é tornar as janelas visíveis para as aves. Mas como?

De acordo com a instituição American Bird Conservancy, é possível incorporar alguns elementos às janelas de residências e painéis de edifícios, diminuindo o risco de colisão. A aplicação de fitas, filmes, tinta ou decalques do lado exterior, além da instalação de redes na frente dos vidros são algumas das soluções, já que criam barreiras visuais que permitem que as aves sejam capazes de detectar a presença de um obstáculo. Na foto abaixo, veja as boas soluções implementadas para os prédios do Jardim Botânico no Brooklin (à esquerda) e da Universidade de Michigan (à direita), nos Estados Unidos.

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Diferente do que já foi recomendado por especialistas no passado, a Sociedade Audubon para Conservação da Natureza alerta para o fato de que fixar ou desenhar silhuetas de aves em janelas, como as de gaviões, raramente, evitam colisões.

Sabemos, também que a maioria das aves é capaz de enxergar a cor ultravioleta (UV). Isso significa que podemos tornar as janelas visíveis para as aves mantendo-as ainda transparentes para os nossos olhos, já que nós não evoluímos para enxergar a luz UV. Assim, curiosamente uma das soluções pode ser pintar ou adesivar as janelas, mas com produtos que reflitam a luz UV.

No entanto, nem todos as aves enxergam UV. O estudo A vision physiological estimation of ultraviolet window marking visibility to birds, realizado pelos pesquisadores Olle Håstad e Anders Ödeen em 2014, demonstrou que gansos, patos, pombos, aves de rapina e até corvos percebem o ultravioleta apenas sob determinadas condições de luz, o que torna ineficaz o uso de tintas UV para evitar a colisão de algumas espécies, destas famílias.

Além das que já citei acima, existem dezenas de soluções profissionais disponíveis no mercado como adesivos perfurados que tornam janelas opacas do lado de fora mas, ainda transparentes do lado de dentro e vidros especiais com estruturas visíveis apenas para as aves. Mas, embora a regra geral seja torne os vidros visíveis e menos reflexivos, é extremamente recomendado – em especial para grandes projetos – que, antes de se optar pelo uso de qualquer tecnologia, um especialista da área seja consultado.

Quer tornar sua janela segura para as aves?

Desde 2009, desenvolvo projetos de pesquisa através do Instituto Passarinhar para entender melhor como funciona a visão das espécies brasileiras e criar métodos para evitar acidentes deste tipo. E, por isso, gostaria de compartilhar com você leitor uma dica  mais que especial.

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Vamos lá. Você precisa de uma régua, uma caneta marca texto e fita adesiva opaca. A solução com melhor custo/benefício é criar um desenho quadriculado sobre a parte externa dos vidros de suas janelas.

Com o auxílio da régua – nas laterais da janela -, marque com lápis ou caneta marcadora os pontos de fixação da fita adesiva no sentido vertical, sempre de 10 em 10 cm. Em seguida, cole as fitas. Inicie a segunda etapa: marque os pontos para fixação da fita no sentido horizontal, mas, agora, com espaçamento de 5 em 5 cm. Assim, você cria uma espécie de grade sobre a janela.

Lembre-se de que, ao final da instalação, as medidas dos quadrados vazios devem, obrigatoriamente, respeitar a regra de 10 por 5 cm. Esteja atento a isto: o espaçamento de 10 cm deve ocorrer entre as fitas coladas no sentido vertical e o de 5 cm entre aquelas fixadas no sentido horizontal.

Se por motivos estéticos você preferir não utilizar fitas adesivas, é possível optar por incorporar outros elementos janela, o importante é sempre respeitar o espaçamento citado acima.

Segundo os pesquisadores austríacos Rössler e Zuna-Kratky, que testaram centenas de métodos, 10 x 5 cm é o tamanho máximo que os espaços “vazios” devem apresentar, em um quadriculado, para que a instalação seja de fato eficiente contra a colisão de aves em vidros.

Participe do Monitoramento Nacional de Colisões em Janelas

Você já foi testemunha de uma colisão de ave em uma estrutura de vidro? Você sabia que com a sua ajuda é possível evitar a morte de milhares de espécies? Suas informações são essenciais para que os pesquisadores brasileiros possam entender melhor este fenômeno, propor soluções a empresas e governo, além de mapear todos os acidentes com aves no país.

Visite agora a página do Programa Nacional de Monitoramento Contínuo de Colisões de Aves, ou o formulário digital em sem fotos ou com fotos, a iniciativa coordenada por mim, Sandro Von Matter, tem como objetivo inicial criar um banco de dados com todos os registros de colisões do Brasil.

Envie seu depoimento, é gratuito e, em apenas 1 minutos você preenche o formulário e encaminha o seu depoimento, a participação do público é fundamental para quantificar os impactos destas estruturas sobre a biodiversidade brasileira. Veja no infográfico abaixo, os resultados preliminares do programa brasileiro.

Colisoes Infografico

Fotos: Sandro Von Matter, EREN, ABC e Pash.

24 comentários em “O predador invisível que ameaça a vida de milhares de aves

  • 13 de janeiro de 2016 em 1:17 PM
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    Excelentes informações! Também publiquei um texto falando sobre o assunto no meu blog pessoal. As barreiras de vidros das grandes cidades tem provocado grandes perdas para a avifauna dos centros urbanos.

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    • 15 de janeiro de 2016 em 8:00 PM
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      Olá Marcelino,
      Parabéns pelas suas iniciativas e obrigado pelos elogios.
      Quanto mais pessoas divulgando o problema melhor, continue seguindo minhas publicações.
      Grande abraço

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    • 22 de janeiro de 2016 em 6:59 PM
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      Obrigado pelos elogios Marcelino,
      E parabéns pelos seus textos, quanto mais pessoas divulgando o problema, melhor.
      Abraços

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    • 19 de novembro de 2016 em 9:41 AM
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      Este assunto realmente nos chocam! Já vimos muitos pássaros colidirem em janela, já conseguimos ajudar alguns a se recomporem após colisão.
      Com ênfase nesta problemática, os alunos de robótica, da E. T. M. Natalio Salvador Antunes, de Macaé-RJ, equipe SerraTec NASA, estão construindo um protótipo para evitar este tipo de colisão: construção de equipamento sonoro que emita sons na frequência auditiva dos pássaros quando se aproximarem das janelas, para que possam se desviar do perigo eminente. Utilizando um sensor ultrassônico e placa arduíno. Estamos em fase de teste, se isto realmente poderá ajudar a evitar este tipo de colisão.

      Equipe SerraTec NASA – Macaé/RJ

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      • 20 de novembro de 2016 em 7:15 AM
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        Thiago,
        Que notícia sensacional!
        Você poderia nos mandar mais detalhes da pesquisa por e-mail, por favor?
        Abraço,
        Suzana

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  • 14 de janeiro de 2016 em 10:37 AM
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    Obrigada pelas informações e pelas dicas de como resolver o problema. Vou compartilhar o texto. Abraço, Lúcia

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    • 15 de janeiro de 2016 em 7:57 PM
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      Olá Lúcia,
      Obrigado por passar por aqui, será um prazer ter meu texto compartilhado por você,
      Abraços e um ótimo ano.

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    • 22 de janeiro de 2016 em 6:58 PM
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      Lucia, é um prazer compartilhar estas informações com todos os leitores, Abraços

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  • 15 de janeiro de 2016 em 10:09 AM
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    Há11 anos mantenho uma casa na área rural de Nova Petrópolis/RS. As janelas são grandes mas fracionadas em quadrados de 20x20cm. Neste tempo foram encontradas duas aves mortas junto à casa e percebidos uns poucos embates de aves contra os vidros, o que poderia elevar o número de mortes (as aves feridas podem ter morrido no mato próximo). O mais comum, é perceber as aves brigando com seu reflexo (disputa por território?).

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    • 15 de janeiro de 2016 em 7:56 PM
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      Olá Edgar,
      Obrigado por visitar meu Blog, e um agradecimento especial por compartilhar a sua história.
      Gostaria de lhe convidar para enviar seu depoimento para wwww.colisoesdeaves.com
      Coordeno o Programa Nacional de Colisões de Aves em Janelas, o objetivo é entender melhor como funciona este fenômeno e propor soluções.

      Sobre sua pergunta, quanto a disputa por território, sim você tem toda a razão, aves territorialistas costumam atacar reflexos.
      Comportamento normal para defesa de uma área.

      Caso queira evitar colisões e embates, torne seus vidros menos reflexivos ou siga as dicas que compartilho no texto.
      Grande abraço

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    • 22 de janeiro de 2016 em 6:57 PM
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      Que belo depoimento Edgar, Obrigado por compartilhar,
      Siga as orientações no texto para evitar que as aves colidam novamente em suas janelas, e por favor envie seu testemunho para o projeto, basta acessar colisaoaquinao.com e preencher o formulário com os dados do acidente, caso não se lembre da data exata inclua uma data aproximada.
      Respondendo a sua pergunta, sim, muitas de nossas aves são territorialistas e defendem uma área, certamente ao perceberem seus reflexos nos vidros as aves julgam ser um invasor do território e tentam atacar o reflexo.
      Grande abraço

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  • 16 de janeiro de 2016 em 12:58 PM
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    Gostei muito da matéria, pois amo e defendo as aves e, justamente por isso, odiei i vídeo… Se querem proteger as aves, por que fazer aquele teste horroroso… Desnecessário, pois até gente não vê porta de vidro e se bate, principalmente crianças, mas também adulto.

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    • 22 de janeiro de 2016 em 6:52 PM
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      Olá Virgínia,
      Parabéns por defender as aves e pelo seu amor a natureza.
      Mas atenção, o vídeo não foi um teste. Foi um acidente no momento em que uma família libertava uma ave, repare que todos esperam que a pequena ave voasse na direção contrária e fiquem chocados ao perceber que ela voou em direção do vidro.
      Obrigado por visitar o meu Blog, continue acompanhando as publicações.

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  • 19 de janeiro de 2016 em 12:28 PM
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    Tenho u, pé de acerolas que se transformou na moradia de dezenas de pardais e algumas rolinhas. Lá, fazem seus ninhos e criam seus filhotes. Ainda não vi nenhuma ave acertar os vidros ( da cozinha, as outras são de aço), por fora. Mas, realmente, quando entram em casa, pela porta, se apavoram quando são surpreendidas e nem sempre acham rapidamente o caminho por onde entraram. Já vi algumas acertarem o vidro e até me afasto para que se acalmem. Logo depois saem pela porta. Achei oportuno o alerta. Vou fazer algo a respeito.

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    • 22 de janeiro de 2016 em 6:44 PM
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      Olá Regina,
      Parabéns pela sua atitude em prol da conservação das aves brasileiras, mantendo uma árvore frutífera em seu jardim.
      E um agradecimento especial por se juntar ao grupo de pessoas que está atento as suas janelas para evitar colisões.
      Abraços

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  • 21 de janeiro de 2016 em 3:01 PM
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    eu queria enviar meu depoimento mas não lembro a data exata… mas já vi 2 aves morrerem por bater na vitrine da loja onde eu trabalhava… uma delas bateu com tanta força que eu assustei, morreu na hora… a outra bateu mas sobreviveu…

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    • 22 de janeiro de 2016 em 6:40 PM
      Permalink

      Olá Larissa, Obrigado pelo interesse,
      Preencha o formulário e envie a data aproximada do acidente, cada um dos depoimentos é essencial para entender a dinâmica de colisões em janelas por todo o país.
      Participe.

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  • 30 de janeiro de 2016 em 3:49 AM
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    Muito interessantes seu artigo e a pesquisa que está sendo desenvolvida a respeito !
    Sou Agrônoma aposentada e tenho presenciado situações como as que descreve, e, ao mesmo tempo, a ” moda” dos vidros espelhados proliferando-se em todas as cidades, principalmente na construção de prédios de grandes empresas.
    Gostaria de sugerir a divulgação destas informações em publicações da área de arquitetura e engenharia civil, com a finalidade de sensibilizar os profissionais destas áreas sobre o assunto, que sei ser da máxima importância para a nossa avifauna.
    A título de ilustração, posso mencionar que, mesmo em um Parque Estadual do Estado de São Paulo, aonde trabalhei, os edifícios contavam com vidros espelhados ( projetos de arquitetura) e havia, de fato, muitos eventos de mortes de aves por conta deste equívoco bem intencionado ; teóricamente, os vidros tinham por objetivo manter os edifícios mais frescos.
    Infelizmente, tais equívocos continuam acontecendo e apenas serào minimizados através da divulgação de informações !

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  • 10 de março de 2017 em 7:33 PM
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    Olá Sandro, tudo bem?

    Meu nome é Ana Paula Sapia e sou aluna de arquitetura e urbanismo e estou desenvolvendo um projeto de pesquisa sobre o assunto, alias, muito interessante sua publicação e está me ajudando a ter ideias iniciais. Tentei entrar nos links que voce disponibilizou sobre os levantamentos feitos no brasil, mas nao consegui acessar nenhum deles. Tambem busquei “Programa Nacional de Monitoramento Contínuo de Colisões de Aves” e nao encontrei nada na internet. Você sabe outro lugar que posso encontrar essas informações? Porque como é um trabalho científico não posso citar afirmações feitas na internet sem consultar a fonte original.
    Só como curiosidade meu objetivo com o trabalho no mundo academico é conscientizar os arquitetos sobre o problema (a maioria nunca pensou no assunto), definir os melhores partidos projetuais para minimizar o problema e tambem soluçoes para projetos ja construidos.

    Agradeço desde ja
    abraço

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  • 11 de julho de 2017 em 6:33 PM
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    Olá, acabei de registrar no formulario um acidente ocorrido em meu guarda corpo de vidro. Estou praticamente no 3º andar e meu guarda corpo. Amanhã mesmo vou adesivar. com listras jateadas. vai continuar bonito e seguro para as aves.

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  • 5 de fevereiro de 2018 em 9:38 AM
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    ALGUNS PAÍSES RESOLVERAM O PROBLEMA DA REFLEXIBILIDADE DO VIDRO USANDO ADESIVOS ULTRAVIOLETA ( COM 1 FRASCO 9 REAIS FAZ UMA ÁREA DE 30 M2 MUITO BARATO) PENSO QUE SE NÓS ESTIVERMOS MESMO PREOCUPADOS COM OS ANIMAIS A CURTO, MEDIO E LONGO PRAZO A PROIBIÇÃO DO VIDRO REFLEXIVO SÓ PREJUDICA OS ANIMAIS , EXPLICO: O VIDRO REFLEXIVO EVITA O SUPERAQUECIMENTO PRINCIPALMENTE EM CIDADES DE CLIMA QUENTE ECONOMIZANDO ATÉ 35 % DE ENERGIA ELETRICA , DESSA FORMA EVITAMOS A CRIAÇÃO DE NOVAS FONTES DE ENERGIA COMO USINAS HIDRLELETRICAS , AÍ SIM LEVANDO A MORTE DE ANIMAIS POR DESEQUILIBRIO ECOLOGICO. NAO PODEMOS NOS FURTAR EM NOS PREOCUPARMOS COM AQUELES ANIMAIS QUE ESTÃO LONGE DE NOSSAS VISTAS. OBRIGATORIEDADE DA UTILIZAÇÃO DE ADESIVO E OU CAMUFLAGEM DO VIDRO ESSA É A SOLUÇÃO PARA PROTEÇÃO ANIMAL DOS QUE ESTÃO PROXIMOS E LONGE DE NOSSOS OLHOS.

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  • 9 de março de 2019 em 9:40 AM
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    Em grandes paredes brancas tbm tbm acontece isso, lamentável.

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Sandro Von Matter

Pesquisador em ecologia e conservação, se dedica a investigar questões sobre o topo das florestas tropicais e as fascinantes interações entre animais e plantas. Hoje, à frente do Instituto Passarinhar, é um dos pioneiros em ciência cidadã no Brasil, e desenvolve projetos em conservação da biodiversidade e restauração ecológica, criando soluções para tornar os centros urbanos mais verdes.