O Brasil tem quase 600 mil pessoas com mais de 90 anos. Pode parecer muita gente, mas é menos de 0,3 % da população. Viver tanto assim é uma realidade reservada para poucos, e muitos que chegam lá tem problemas de mobilidade, saúde mental comprometida, visão embaçada.
O Brasil de Cor conversou com um desses brasileiros que nasceu na década de 1920. É o sambista carioca Nelson Sargento, que aos 94 anos de idade não abandona o palco, encara a rotina desgastante de hotéis e voos, escreve e ainda, tem tempo para manter um canal no Youtube.
Para compreender a importância de Nelson Sargento, basta dizer que ele é um dos baluartes da Mangueira, escola de samba carioca, que é quatro anos mais nova do que ele. Além disso, quando ainda era adolescente, fez sua primeira parceria com o Mestre Cartola.
Quando faz um balanço de sua longa vida, Nelson Sargento tem muitos motivos pra comemorar, entre eles, ter sido o único sambista a ganhar o Kikito, maior prêmio do cinema brasileiro. Este ano, foi convidado pelo rapper paulista e também sambista Criolo para uma série de shows pelo Brasil. Montaram o repertório e estão na estrada. Na passagem por Curitiba, foi gravada a entrevista abaixo:
Foto: reprodução Facebook/Edinho Alves