Na Califórnia, novas residências deverão ter painéis solares

O estado americano tem fama de vanguarda, em qualquer tema, e sempre se destaca por isso. Com energia não seria diferente: há muito, investe em políticas energéticas eficazes e progressivas como aconteceu com a aplicação de padrões de eficiência para os eletrodomésticos e um programa que envolve a economia com o objetivo de conter os gases que provocam o efeito estufa e, por consequência, o aquecimento global.

Em março, o governo da Califórnia anunciou mais uma medida nessa direção, exigindo a instalação de painéis solares em quase todas as residências no estado, a partir de 1 de janeiro de 2020. As novas construções deverão ter painéis de captação de luz solar para compor seu sistema com base nos padrões da Comissão de Energia da Califórnia. Significa também que a Califórnia é o primeiro estado a transformar essa diretriz em lei, nos Estados Unidos.

Assim, essa geração de energia renovável deixa de ser um luxo de poucos ricos engajados e passa a ser norma. Claro que o caminho ainda é longo e a medida poderá elevar em quase US$ 10 mil a compra de uma casa. E o mercado reagiu rapidamente após o anúncio do governo, as ações de uma empresa especialista em energia solar subiram e as das construtoras, que trabalham só com residências, caíram.

Mas, no final – mesmo que demore um pouco -, tudo se ajeita e todos ganharão com a medida, que se soma ao plano de Jerry Brown, governador, para reduzir as emissões de carbono do estado em 40% até 2030.

Vale destacar que a geração de energia solar, nos Estados Unidos, subiu seis vezes em cinco anos: no final do ano passado, o país registrou 10,4 gigawatts de energia solar em residências. Que a política energética da Califórnia sirva de exemplo para os outros 49 estados americanos e a adoção de energias renováveis seja cada vez mais a melhor realidade.

Foto: Photomix Company/Pixabay

Um comentário em “Na Califórnia, novas residências deverão ter painéis solares

  • 18 de junho de 2018 em 2:09 PM
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    Painéis solares já deveriam estar desempenhando o papel das telhas comuns, ao invés de serem colocados sobre elas, isto é, as telhas comuns seriam abolidas da cobertura das edificações, sendo substituídas pelas placas solares, com a dupla função de proteção às intempéries e captação da energia solar. E com as telhas que sobrarem, vale construir ou reformar a casinha do cachorro no quintal, ele vai gostar.

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Mônica Nunes

Jornalista com experiência em revistas e internet, escreveu sobre moda, luxo, saúde, educação financeira e sustentabilidade. Trabalhou durante 14 anos na Editora Abril. Foi editora na revista Claudia, no site feminino Paralela, e colaborou com Você S.A. e Capricho. Por oito anos, dirigiu o premiado site Planeta Sustentável, da mesma editora, considerado pela United Nations Foundation como o maior portal no tema. Integrou a Rede de Mulheres Líderes em Sustentabilidade e, em 2015, participou da conferência TEDxSãoPaulo.