Moradores de Petrópolis votam pelo fim dos passeios de charretes com cavalos

Moradores de Petrópolis votam pelo fim dos passeios de charretes com cavalos

Era uma das principais atrações turísticas de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Mas os tempos são outros e a população da chamada Cidade Imperial decidiu, através de um plebiscito realizado junto com a votação do primeiro turno das eleições deste ano, acabar com os passeios de charretes com cavalos para evitar o sofrimento dos animais.

Por 68,5% contra 31,4% dos votos, os petropolitanos deram seu parecer. A votação causou polêmica nas redes sociais, entre aqueles que eram a favor e os que não viam mal nenhum nos passeios, alegando que os cavalos não faziam um trabalho tão pesado assim. A proposta do plebiscito foi feita pelo vereador Reinaldo Meirelles.

Eram 13 charretes, conhecidas como “vitórias” – réplicas das carruagens vitorianas do século 19, que utilizavam 39 cavalos. Elas ficavam estacionadas perto do Museu Imperial e circulavam pelo centro histórico e pelos principais pontos turísticos de Petrópolis. Os charreteiros alegavam que os animais eram bem tratados e só trabalhavam a cada três dias, em esquema de revezamento. Além disso, os defensores da atividade diziam que ela fazia parte da história e da cultura de Petrópolis.

Uma das possibilidades que está sendo discutida para a substituição dos passeios é o uso de charretes ou bondes elétricos. Em outras cidades da região serrana do Rio de Janeiro, onde também eram comuns os passeios com tração animal, como Paquetá e Nogueira, as alternativas mais sustentáveis já foram adotadas, já que os cavalos apresentavam sinais de maus-tratos.

Os cavalos de Petrópolis serão encaminhados para a organização não-governamental Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, onde serão cuidados.

*Com informações da Agência Brasil 

Foto: Jorge Brazilian/Creative Commons/Flickr

Um comentário em “Moradores de Petrópolis votam pelo fim dos passeios de charretes com cavalos

  • 11 de outubro de 2018 em 8:28 PM
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    Fácil saber quando animais são explorados ou não porque serão escravos sempre que estiverem fazendo o que não querem, cumprindo horários para trabalhar, comer e dormir, porque não nasceram para ser fantoches e marionetes de humanos, seja exibindo-se em circos ou zoos, touradas e rinhas, utilizados em atrações turísticas ou em última análise, sendo mortos para servirem de comida. Sempre que nos colocarmos no lugar de cada um deles, saberemos quando sofrem ou são felizes, exatamente como gostaríamos de ser ou não. Nada do que puder ser feito pelos animais hoje, nos redimirá do que sofreram, ao longo dos milênios nas mãos da espécie humana, nem um pouco superior ao mais primitivo deles mas muitas vezes irracionalmente mais cruel, como animais ainda não aprenderam a ser.

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Suzana Camargo

Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.