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Médicos do Hospital das Clínicas, em SP, e cidadãos fazem campanha para arrecadar R$ 10 milhões para a compra de equipamentos

Para evitar que faltem equipamentos de proteção e outros durante o período de atendimento aos pacientes com coronavírus, os médicos do Hospital das Clínicas (conhecido por HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de SP (HCFMUSP) se uniram a advogados, publicitários e jornalistas num movimento que lançou, na semana passada, uma campanha de financiamento coletivo batizada de Vem Pra Guerra (nas redes sociais, a hashtag #vempraguerra).

O hospital é público, mas a campanha não tem nenhuma relação com o governo do Estado. “É uma iniciativa criada e gerida pela sociedade civil, com apoio oficial do HC para recebimento e gestão dos recursos”, explica Tatiane Menezes, coordenadora do movimento.

O valor de R$ 10 milhões da meta será destinado para a compra de equipamentos básicos de proteção – conhecidos como EPI – utilizados por todos os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, assistentes e pessoal da limpeza) e pacientes contaminados ou com suspeita de terem contraído o COVID-19, para evitar sua propagação.

Em nove dias, 3326 pessoas doaram R$ 992.509, cerca de 9% da meta.

O idealizador da campanha, Ricardo Vasserman, clínico geral do Hospital das Clínicas, explicou à reportagem da Rede Bandeirantes, que a campanha surgiu por três motivos: “O fechamento de fronteiras entre os países para bloquear a expansão do contágio – a maior parte desse material é importada -, o aumento de casos que gerou demanda hospitalar e o medo dos brasileiros que correram para comprar máscaras – inclusive a profissional N95! – e álcool em gel”, desfalcando o mercado, o que também levou a preços abusivos.

“Com o aumento da demanda por máscaras N95 – que foi de 5 mil unidades para 40 mil unidades -, elas passaram de R$ 1,35 para R$ 27,90, a unidade. De 160 mil máscaras cirúrgicas, agora precisamos de 670 mil. Antes custavam R$ 0,10 a unidade; agora, custam R$ 3,90”, relata o médico.

No momento, não há falta desses equipamentos, por isso, esse movimento é uma forma de prevenção. “Organizamos a campanha pra juntar os recursos necessários e nos precavermos da falta de equipamentos no hospital”. Além disso, o montante arrecadado também será destinado para a compra de três aparelhos de raio-x móveis.

Fontes: Hospital das Clínicas, Rede Bandeirantes, Catraca Livre

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