Mato Grosso avança em seu Plano Estadual de Economia Solidária

Há duas semanas, abordei aqui o movimento do estado de Minas Gerais no sentido de promover uma política pública que estimule o fortalecimento e a ampliação da economia solidária no território. Também o estado do Rio de Janeiro avançou nesse sentido.

Agora, a notícia é de que o governo do estado do Mato Grosso também segue nessa direção, em processo de finalização de seu primeiro Plano Estadual de Economia Solidária, elaborado em parceria pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf) e diversas organizações do segmento da economia solidária.

Além do Conselho Estadual de Economia Solidária (Cesol-MT), participam desse processo as secretarias de Planejamento e de Trabalho e Assistência Social, a Universidade Federal do Mato Grosso, o Instituto Federal de Mato Grosso, a Universidade do Estado de Mato Grosso, além da empresa Travessia Desenvolvimento Organizacional. O plano deverá ser apresentado até o final de maio. O texto base já foi finalizado e aprovado pelo Cesol.

Segundo dados do governo do estado, estima-se que mais de sete mil pessoas serão beneficiadas direta ou indiretamente com o plano, dentre comunidades tradicionais, quilombolas, caboclas e extrativistas, ribeirinhos, pescadores, produtores de artesanato, pantaneiros e retireiros do Araguaia.

Ainda de acordo com levantamento realizado em todo o estado para a elaboração do Plano, estão envolvidos com econômica solidária os setores produtivos de artesanato, de catadores de materiais recicláveis, garimpeiros, mineiros, pescadores, extrativistas, trabalhadores de empresas recuperadas, agricultores familiares, usuários do sistema de saúde mental e mulheres chefes de família.

A elaboração do Plano é umas das ações previstas num convênio firmado em 2012 entre a Seaf e o  Ministério de Trabalho e Emprego, que inclui, além disso, fomento e assessoria técnica às entidades de apoio e empreendimentos solidários para organização de feiras populares e de pontos fixos de comercialização, capacitação de técnicos para prestar assessoria em análise de viabilidade econômica e comercialização aos empreendimentos da economia já existentes e apoiar novos empreendimentos e a revitalização do Centro de Comercialização da Economia Solidária, no centro de Cuiabá.

Aos poucos vai se ampliando o número de estados que convergem para a implantação de políticas públicas de fomento e suporte à economia solidária. Muitas vezes não no ritmo que gostaríamos, mas avançam.

Foto: Pexels/Assemble Challenge Combine

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Mônica Ribeiro

Jornalista e mestre em Antropologia. Atua nas áreas de meio ambiente, investimento social privado, governos locais, políticas públicas, economia solidária e negócios de impacto, linkando projetos e pessoas na comunicação para potencializar modos mais sustentáveis e diversos de estar no mundo.