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Greta Thunberg recusa prêmio ambiental de países nórdicos: “Não precisamos de mais prêmios, mas que ajam de acordo com a Ciência!”

Greta Thunberg recusa prêmio ambiental de países nórdicos: "não precisamos de mais prêmios, mas que ajam de acordo com a Ciência!"

É impossível não falar da ativista sueca Greta Thunberg pelo menos uma vez por semana. Essa garota engajada tem conquistado cada vez mais destaque nos noticiários do mundo todo porque não para de encantar. Com palavras e ações. E, por isso, está aqui, novamente, no Conexão Planeta. Desta vez porque, ontem, 29/10, contou, em seu Instagram, que recusou o prêmio ambiental oferecido pelo Conselho Nórdico. Agradeceu a indicação, disse que se sentia honrada com a lembrança e explicou o motivo. Maravilhosa.

“O movimento climático não precisa de mais prêmios. O que precisamos é que nossos políticos e as pessoas no poder comecem a ouvir o que diz a Ciência. Os países nórdicos têm uma grande reputação em todo o mundo quando se trata de questões climáticas e ambientais. Podem se gabar por isso. Não faltam palavras bonitas. Mas quando se trata de nossas emissões reais e de nossas pegadas ecológicas per capita – se incluirmos nosso consumo, nossas importações, além do impacto da aviação e do transporte marítimo -, a história é totalmente diferente”.

Em seguida, sustentou sua declaração com uma lista do que alguns países que integram o conselho têm feito para intensificar as mudanças climáticas, ignorando completamente os alertas dos cientistas.

“De acordo com dados do WWF e da Global Footprint Network, na Suécia, vivemos como se tivéssemos cerca de quatro planetas à disposição. E o mesmo vale para toda a região nórdica”.

O governo da Noruega, destacou a garota, liberou recentemente um número recorde de autorizações para exploração de petróleo e gás. E deu um exemplo: o campo de petróleo e gás natural Johan Sverdrup, recém-inaugurado no Mar do Norte (ele fica a cerca de 140 quilômetros a oeste de Stavanger, na Noruega) deverá produzir por 50 anos. “Essa extração vai gerar emissões de CO2 de cerca de 1,3 toneladas”. Não dá, mesmo, pra ignorar.

Greta ainda lembrou que os cientistas definiram a temperatura global limite para que possamos continuar vivendo neste planeta e ressaltou que os países nórdicos estão na direção contrária. “A diferença entre o que a Ciência diz ser necessário para limitar o aumento da temperatura a menos de 1,5 ou até 2 graus e a política que administra os países nórdicos é gigantesca. E ainda não há sinais de que vão implementar as mudanças necessárias”.

Claro que Greta não esqueceu do Acordo de Paris! E destacou a responsabilidade dos países do Conselho Nórdico na jornada contra as mudanças climáticas.

“Assinado pelos países, o documento baseia-se na eqüidade, o que significa que os países mais ricos devem liderar o caminho. Pertencemos aos países que têm a possibilidade de fazer o máximo. E, no entanto, eles ainda não fazem nada, basicamente”.

Por fim, Greta reafirmou seu compromisso com a luta pelo clima e salientou, ao Conselho, que ele pode começar a “agir de acordo com o que a Ciência diz ser necessário para limitar o aumento da temperatura global abaixo de 1,5 graus ou até 2 graus Celsius”, destacando a coerência de sua posição ao recusar seu prêmio.

“Eu e o movimento Fridays for Future optamos por não aceitar o prêmio ambiental do Conselho Nórdico, nem o prêmio em dinheiro de 500 mil coroas suecas (que equivalem a 205 mil reais). Muitas felicidades”.

Há quem diga que Greta é manipulada porque seria impossível alguém ser tão natural e coerente em seus propósitos, numa luta tão grande. Claro, os interesses econômicos têm poder e não poderiam correr risco por causa de uma garota de 16 anos.

Mas, quando fazemos algo pelo coração, não tem como ser complicado. Assim é com Greta, certamente. Por isso, a apoiamos e continuaremos divulgando cada passo que ela der e fortalecer o movimento contra as mudanças climáticas.

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