Pacarana. Este é o nome deste roedor pouquíssimo conhecido pela Ciência. Também chamada de paca-de-rabo, a espécie Dinomys branickii foi filmada pela primeira vez na Reserva Extrativista Chico Mendes, no município de Xapuri, no Acre, durante um projeto inédito de monitoramento da biodiversidade local.
O flagrante surpreendeu os pesquisadores, ainda mais porque não era somente um indivíduo, mas um grupo de pacaranas. Durante 18 dias, foram colocadas oito armadilhas fotográficas no local para registrar os hábitos e movimentos dos animais.
Existem muitos poucos registros da presença da pacarena livre na natureza. Segundo a Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), que avalia as condições de sobrevivência de centenas de animais e plantas no planeta, a espécie é classificada como vulnerável, ou seja, tem chance de entrar em extinção.
Além do Brasil, o animal é mais comumente encontrado em outros países sulamericanos, como Bolívia, Peru e Colômbia. A pacarana é o único representante vivo da família de roedores conhecida por Dinomyidae. De acordo com os especialistas do WWF-Brasil, responsável pelo desenvolvimento do projeto, os Dinomydae possuíam grande diversidade de espécies e deram origem a alguns dos maiores roedores que já viveram na América do Sul – alguns deles chegavam a pesar mais de uma tonelada. Todavia, a caça e o desmatamento acabaram levando as espécies a desaparecer.
Além do flagrante das pacaranas, as armadilhas fotográficas registraram a presença de mais de vinte espécies diferentes na reserva, entre elas, tatus, veados, macacos-guariba, macacos-prego, jaguatiricas, gambás e cutias.
Quatro pacaranas aparecem no vídeo
O projeto do WWF-Brasil conta com a parceria de várias organizações locais. Uma delas é a Cooperativa dos Produtores Florestais Comunitários (Cooperfloresta), que atua na exploração sustentável de madeira na reserva Chico Mendes, assim como a Associação dos Moradores e Produtores da Resex Chico Mendes em Xapuri (Amoprex) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“Como esse registro foi feito no interior de uma reserva extrativista, onde há exploração de madeira e castanha, ele demostra que é possível, desde que se obedeçam algumas regras, usar os recursos da floresta, fazer a exploração das riquezas e garantir que os animais continuem por ali e sofram poucos impactos”, afirma Felipe Avino, biólogo e analista de conservação do WWF-Brasil.
O objetivo do monitoramento, que deverá ser ampliado com a instalação de outras doze armadilhas ainda em abril, é ter maior conhecimento sobre a floresta e preservar a sua fauna.
Criada em 1990, a Reserva Extrativista Chico Mendes se espalha por nove cidades do Acre e possui cerca de 10 mil pessoas morando em seu interior.
Foto: Leonardo Kerber (abre) e demais divulgação WWF-Brasil
FICO FELIZ EM SABER QUE TEVE FINAL DIFERENTE DE UMA QUE APARECEU AQUI NA MINHA CASA! ANIMAL ESTAVA BASTANTE DEBILITADO E COM SINAL DE QUEIMADURAS. LIGUEI PARA TODOS OS ORGÃOS RESPONSÁVEIS E NADA! SENSAÇÃO DE FRACASSO EM NÃO PODER AJUDAR ANIMAL QUE ESTAVA AGONIZANDO POR SOCORRO! MORO NO INTERIOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E INFELIZMENTE ALGUNS ORGÃOS SÓ QUEREM MAMAR NA TETA!!!!!!!!!!!!!!!!!
Que história triste, Marcelo!