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Em que natureza as crianças poderão brincar no futuro?

 

Nós, Ana Carol e Rita, do programa Ser Criança é Natural (que dá nome a este blog), queremos ver muitas crianças brincando com a natureza, sempre, todos os dias. Mas que natureza queremos para as crianças? Seja em pracinhas, parques, praias nós temos um grande desejo: que a gente pare de encontrar lixo em cada canto.

Nos encontros que promovemos, sempre chegamos antes para vistoriar a área em que trabalharemos com crianças e suas famílias. E, claro, para recolher possíveis lixos que estejam espalhados pela trilha pela qual seguiremos com eles. E é inacreditável que, hoje, ainda, em alguns parques urbanos da cidade de São Paulo, por exemplo, já tenhamos recolhido dois sacos de lixo de 60 litros em uma única trilha!

Há anos que campanhas se espalham por todo o Brasil incentivando a reciclagem dos resíduos. Na escola, a reciclagem é um tema presente, mas continuamos encontrando muito lixo em todo canto. Então, será que o que está sendo ensinado é suficiente, correto, pode ter impacto?

Separar o resíduo orgânico, do reciclável e do que chamamos de comum e não tem outro destino que não os aterros (sim, ainda existe esse tipo, mas é muito pouco em comparação com tudo que descartamos ainda hoje) é imprescindível, no entanto precisamos de mais.

Precisamos não apenas pensar no que acontece com os materiais depois que são descartados, mas buscar alternativas para minimizar a produção do nosso lixo. Inclusive tentando chegar ao desperdício zero, ao lixo zero.

Grande parte do lixo que recolhemos nas trilhas que fazemos com crianças é material plástico descartável. Objetos que usamos por minutos, mas que permanecerão no planeta por milhões de anos. Os tais plásticos de uso único como canudos, copos, garrafas pet, talheres, pratos, sacolas plásticas, embalagens. São estes materiais que inundam os oceanos e causam impacto mortal na fauna e na flora mundiais.

O Conexão Planeta sempre fala desse assunto e publica notícias sobre ações sustentáveis incríveis que estão sendo adotadas pelo mundo para resolver a questão.

E a melhor notícia que queremos dar agora é que toda essa massa de descartáveis pode ser substituída por objetos simples, e que podem nos acompanhar no dia a dia: copos, talheres e canudos reutilizáveis, sacolas de tecido, são exemplos.

Quando esse tema ganha nossa atenção, passamos a nos dar conta da quantidade de lixo que produzimos diariamente e que poderiam ter alternativas. Pensando bem, tudo o que consumimos vira lixo em pouco tempo.

Quando adotamos hábitos sustentáveis na nossa rotina, as crianças que nos acompanham aprendem também. Melhor que fazer atividades e projetos sobre reciclagem nas escolas é provocar a comunidade escolar a olhar para o que é descartado, para os materiais que são escolhidos para o trabalho ao longo do ano e repensar o que de fato é necessário, o que é excesso e o que pode ser substituído.

Repensar o consumo é fundamental na educação das crianças. Dos adultos também. Afinal, todo produto industrializado é um pedaço de natureza transformada, e sua produção, transporte e comercialização causam enorme impacto nos ambientes naturais.

Enquanto não é possível mudar totalmente a ideia da economia atual, que transforma a natureza em objetos descartáveis, sejamos, pelo menos, capazes de utiliza-los de maneira responsável. Essa mudança é necessária, praticar o consumo consciente contribui para o nosso bem-estar e para a limpeza de nossos parques, trilhas e praças.

É na ação que aprendemos! É com o exemplo que ensinamos.

Foto: Dustan Woodhouse/Unsplash

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Sandra
Sandra
5 anos atrás

E, por conseguinte, em que futuro as crianças poderão brincar sem natureza, tendo em vista que movimentos em prol do Meio Ambiente perdem força diante do poderio econômico, poderoso e vil? Erradicar, NA FONTE, a produção e fabrico de materiais poluentes parece, logicamente, mais aceitável do que controlar o seu uso e descarte porque, claro, sem plástico para vender não há plástico para comprar e, depois de usado, varrer para baixo do tapete verde e das águas azuis. Pessoas não engajadas na defesa da sua Casa Planetária estão pouco ligando para o futuro, se crianças poderão ou não morar nela, se animais morrerão com o estômago embrulhado no plástico com que os matamos, justamente porque pouco ou nada fazem por si próprias, pela própria saúde e/ou pela própria vida. Não que seja difícil convencer pessoas de que o lixo descartado sem responsabilidade, vai gerar doença e morte para humanos e animais. Todos concordam com isso, enquanto carregam suas sacolinhas de plástico, recém embaladas no Supermercado do bairro, onde acabaram de comprar também os pacotes grandões das “indispensáveis” fraldas plásticas dos bebês, os potes de iogurte e as tigelas de vidros que podem levar até l milhão de anos (!!!) para se decompor na natureza. Todas essas pessoas são legais, permeáveis a uma boa conversa sobre o assunto e se solidarizam com Campanhas ecologicamente corretas disseminadas pela mídia, aliás “muito preocupada” com o Meio Ambiente, enquanto repassa os comerciais de produtos embalados com os mesmos materiais cuja utilização censurou, porque é preciso faturar, claro. Desconectados estamos, vivendo a incoerência generalizada de apontar soluções para o planeta, sem varrer a própria calçada, onde bueiros entupidos de sujeira clamam por uma simples e corriqueira LIMPEZA. A esperança é de que as crianças, que não poderão brincar no futuro por falta de natureza para brincar, resolvam o problema que nós descartamos no lixo para elas reciclarem, fiéis ao comodismo, à imaturidade e à preguiça da nossa própria natureza.
https://www.portalsaofrancisco.com.br/meio-ambiente/decomposicao-do-lixo
http://varievo.com/dicas/quanto-tempo-alguns-materiais-levam-pra-se-decompor

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