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Diversidade e inclusão ganham espaço na publicidade

Diversidade e inclusão ganham espaço na publicidade

Qualquer comercial com uma criança e uma música linda de fundo tem o poder de emocionar o público. Ainda mais, quando se é surpreendido com a imagem de um bebê fofo, alegre e adorável. E mais ainda, quando ele tem síndrome de Down e faz parte de uma campanha de uma mais tradicionais fabricantes de produtos de higiene infantil do mundo.

A campanha para o Dia das Mães, da Johnson & Johnson, junto com a agência de publicidade DM9, se tornou viral nas redes sociais. Conseguiu tocar o coração de, até neste momento, 12 milhões de pessoas, que visualizaram o vídeo no Youtube (assista ao filme ao final deste post). De acordo com a J&J, a ideia foi transmitir a mensagem de valorização da diversidade e inclusão, mostrando que todo bebê é um bebê Johnson.

A ação de marketing da empresa americana é muito importante para sinalizar ao mercado publicitário que é necessário, ou melhor, vital, mudar a maneira como se faz propaganda. O que aparece nas telas, revistas e páginas da internet atualmente ainda não reflete o mundo real.

Foi em 1926 que o primeiro bebê Johnson estampou a campanha de lançamento de um talco, nos Estados Unidos. Durante todas as décadas passadas, foram inúmeras crianças eleitas como “garotos propagandas” da marca: todos lindos, perfeitos, com cara de capa de revista. E é somente agora, 91 anos depois, que surge este bebê encantador e com síndrome de Down.

Estima-se que, no mundo todo, a cada minuto, nascem 18 bebês ou quase 10 milhões de crianças, com a presença de um terceiro cromossomo 21 no DNA. Down, na área das síndromes genéticas, é o que tem a maior incidência: 91% dos casos. No Brasil, calcula-se que, entre crianças, adolescentes e adultos, sejam 300 mil portadores.

E por que então eles não fazem parte da publicidade? Por que pessoas com problemas motores e outros tipos de deficiência não estão nas propagandas? Por que não há mais negros, índios, mestiços, gays?

Este não é um fenômeno que acontece somente no Brasil. A publicidade mundial sempre preteriu as minorias. Mas há um movimento, ainda tímido, mas que já dever ser celebrado – e estimulado -, de empresas que começam a romper barreiras e mostrar a realidade.

Em 2015, por exemplo, a marca de roupas espanhola Desigual escolheu para divulgar sua nova coleção a belíssima modelo canadense Chantelle Winnie. Portadora de vitiligo, a jovem que tem manchas brancas espalhadas pelo corpo e rosto, enfrentou muito preconceito durante toda sua vida.

Linda e portadora de vitiligo, a modelo da Desigual

No começo do ano passado, também mostramos aqui, neste outro post do Conexão Planeta, que a dinamarquesa Lego, maior e mais famosa fabricante de peças de montar do planeta, lançou após 84 anos, o primeiro personagem cadeirante da história da empresa.

Lego cadeirante chega às prateleiras depois de 84 anos

O que se espera agora é que, campanhas como a da Johnson & Johnson e produtos como o bonequinho cadeirante da Lego, não sejam simples ações pontuais de marketing, não sejam exceções, mas regras. Que este seja um momento de virada, uma nova fase da publicidade: cada vez mais inclusiva, diversa e real!

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Fotos: divulgação J&J, Desigual e Lego

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