Notícia velha? Não! Nova, mas ela se repete mês a mês porque a destruição da maior floresta tropical do planeta, a Amazônica, não para.
Segundo o boletim mensal elaborado pelo Instituto Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em setembro, foram detectados 444 km2 de desmatamento na Amazônia Legal, um aumento de 84% em relação a setembro de 2017, quando o desmatamento somou 241 km2.
Os estados que mais destruíram a floresta foram Amazonas (24%), Mato Grosso (23%), Rondônia (20%), Pará (19%), Acre (11%), Roraima (2%) e Amapá (1%).
Já o índice das florestas degradadas (quando não há corte raso da vegetação) diminuiu, em comparação a 2017 – pelo menos uma boa notícia! Em setembro último foram 138 km2, contra o número absurdo de 3.479 km2 no mesmo período do ano passado, uma redução de 96%. Mas comparado à taxa de degradação anterior, mesmo querendo ser muito otimista, fica claro porque houve queda.
Ainda segundo o relatório do Imazon, 58% do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante foi observado em assentamentos de reforma agrária (24%), Unidades de Conservação (14%) e terras indígenas (4%).
Os municípios que mais destruíram a floresta foram União do Sul (MT), Porto Velho (RO), Boca do Acre (AM), Nova Mamoré (RO) e Lábrea (AM).
Os alertas de desmatamento e degradação florestal realizados pelo Imazon são gerados pela plataforma Google Earth Engine (EE), com a utilização de imagens de satélites e mapas digitais. Todavia, os índices de deflorestamento da Amazônia publicados pelo instituto não são oficiais. O governo só leva em conta os dados elaborados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que frequentemente apresenta números diferentes aos do Imazon. A discrepância nos resultados se dá ao uso de metodologias distintas de avaliação.
Foto: USAID Biodiversity and Forestry/Creative Commons/Flickr (abertura) e gráficos Imazon
Obrigado Suzana pelo artigo, é muito triste mas temos que falar desses números, que ameaçam a segurança nacional.