Estamos nos últimos dias de 2016. E, por mais conturbado e intenso que tenha sido este ano em muitas perspectivas, para o tema criança e natureza foi maravilhoso e, por isso, podemos fazer uma retrospectiva muito boa.
Há pouco mais de um ano, a compreensão da importância da natureza para a infância era pouco conhecida no Brasil. De lá pra cá, o tema ganhou destaque e percebemos um grande crescimento no interesse das pessoas por pesquisar, refletir e discutir a respeito. Também nas redes sociais, onde o tema foi muito comentado e compartilhado. A quantidade de acessos aos nossos textos, aqui, no blog (que tem pouco mais de um ano: surgiu em agosto de 2015, integrando a rede do novo Conexão Planeta desde o início) é exemplo disso.
Temas como brincar de fazer comidinha, o andar descalço, brincar livre com a natureza e a artificialização dos espaços da infância tiveram mais de 10 mil cliques, em média, e inúmeros compartilhamentos e comentários nas redes sociais, principalmente no Facebook.
O Projeto Criança e Natureza, do Instituto Alana também tem contribuído enormemente para essa difusão. Ele foi lançado este ano e tem divulgado massivamente informações importantes sobre os benefícios do brincar com a natureza, além de promover ações em prol do tema, como o Seminário Criança e Natureza, realizado em São Paulo e no Rio de Janeiro. O evento levantou discussões com especialistas no tema em diversas áreas, e contou com a presença do Richard Louv (autor de renome internacional e criador do Children and Nature Movement), lançando seu livro A última criança na natureza em português, uma importante referência para este debate.
O nosso projeto Ser Criança é Natural teve crescimento muito significativo em suas ações, tanto presenciais como à distância.
Este ano, lançamos o curso virtual Criança e Natureza, através do qual conversamos com muitos pais e educadores. Formamos três turmas e, em 2017, abriremos novas turmas e um novo curso de aprofundamento para aqueles que participaram do primeiro. Com o mesmo tema, realizamos cursos e oficinas presenciais. Também promovemos inúmeras rodas de conversa sobre as Escolas da Floresta, experiência incrível que a Ana Carol conheceu no início deste ano.
E mais: muitas famílias estiveram com a gente nos encontros que realizamos com crianças para brincar com a natureza, em diferentes parques da região metropolitana de São Paulo. Além do Encontro Ser Criança é Natural, pensado para crianças de até 6 anos, ainda lançamos o Ser Bebê é Natural, para bebês de até 20 meses (escrevemos sobre isso, aqui).
Foram encontros de muitas descobertas, muitos encantamentos e muito aprendizado – para as crianças, sim, mas para os adultos também. Aproximadamente 60 famílias participaram dessas iniciativas e muitas outras ainda nos fizeram companhia no Slowkids, evento realizado com o apoio do Instituto Alana, que convida famílias para parques e incentiva o brincar livre.
O balanço deste ano para o tema fecha em alta. Para o ano que vem queremos muito mais! Muitas famílias brincando com a natureza, muitas crianças descobrindo o mundo, muitos adultos pensando e refletindo sobre o assunto e encorajando-se cada vez mais a estar do lado de fora e em contato com a natureza. E, claro, que por meio do nosso contato direto e sensível a natureza possa florescer cada vez mais não só em nossas ruas, parques e jardins, como também em nossos corações!