Costa Rica teve 98% da energia vinda de fontes renováveis em 2016

98% da energia gerada em 2016 na Costa Rica veio de fontes renováveis

Foram 250 dias sem usar uma gota de combustível fóssil (petróleo, gás ou carvão). Para atender a demanda de eletricidade no país, a Costa Rica utilizou a produção de usinas hidrelétricas, geotérmicas, turbinas eólicas, biomassa e solar. Limpas, sustentáveis e não poluentes!

O feito foi celebrado pela operadora estatal de energia, Grupo ICE. No anúncio, a agência afirmou que, durante 2016, 98% da geração de eletricidade veio de fontes renováveis. A principal delas é a hidrelétrica, responsável por 74% deste total. Em seguida veio a geotérmica (12,7%), depois eólica (10,3%) e em volumes bem menos expressivos, biomassa (0,7%) e solar (0,01%).

Em 2015, a Costa Rica já tinha atraído a atenção mundial da mídia quando divulgou que 98,9% da produção energética fora proveniente de renováveis, como mostramos aqui.

Mas no ano passado, o país sofreu com poucas chuvas. O mês de abril foi o mais seco dos últimos dois anos e justamente, entre maio e novembro, quando a precipitação é mais alta, choveu pouco.

Mesmo com os renováveis sendo responsáveis já por quase 100% da matriz energética costarriquenha, o governo promete continuar investindo em mais tecnologia limpa. “Iremos inaugurar quatro novas plantas eólicas este ano”, revelou Carlos Obregón, presidente executivo da companhia ICE, em entrevista ao jornal The Tico Times.

Apesar da Costa Rica ser um país com apenas 4,9 milhões de habitantes, concentrados numa área territorial pequena, é certamente de se aplaudir os investimentos e esforços do governo no setor elétrico.

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Foto: domínio público/pixabay

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Suzana Camargo

Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.