‘Contos Que Não São de Fadas’: campanha do UNICEF narra histórias de crianças refugiadas

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Você já se perguntou o que deve sentir uma criança que é obrigada a largar sua casa e seu país e perde seus familiares e amigos por causa da guerra? Hoje, há cerca de 65 milhões de crianças e jovens nessa situação – sendo 8 milhões da Síria -, fugindo de conflitos, da pobreza e também dos efeitos das mudanças climáticas para buscar uma vida melhor e – quem sabe? – ter uma casa como a que tinham em seu país.

Para chamar a atenção do mundo para a realidade dessas criançasprincipalmente as que fugiram da guerra na Síria –, o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lançou uma série de vídeos de animação inspirados no visual e na trilha sonora das animações tradicionais sobre contos de fadas (leia-se Disney). 

Com o título Contos que Não São de Fadas, ela integra a campanha Ato de Humanidade, que enfatiza o óbvio (porém, necessário) para o mundo: crianças devem ser tratadas como crianças, não importa quem são nem de onde vêm, e que todas têm direitos e merecem a chance de viver uma vida mais digna e humana. Este momento deve ser “o começo de uma nova jornada e não o fim do caminho”, como destaca Paloma Escudero, diretora de comunicação no site da instituição.

Inicialmente, a série é composta por três vídeos que contam as experiências de Malak, Mustafa e Ivine, crianças que perderam família, amigos e casa, sobreviveram ao horror da guerra, a uma fuga perigosa e, hoje, vivem em campos de refugiados.

As histórias são narradas em árabe (com legendas em inglês) pelas próprias crianças que viveram a situação. No final da animação, para sair da “fábula” e tornar as histórias mais reais, os protagonistas aparecem e emocionam o público, ainda mais.

Para disseminar bem a campanha, o UNICEF está empenhado em sua divulgação pelas redes sociais e convida a todos que por lá circulam para praticar um ato de humanidade, compartilhando as animações – e outras histórias de seu conhecimento – e usando a hashtag #AtoDeHumanidade (#ActToHumanity, em inglês). Vamos ajudar?

Agora, assista aos vídeos tocantes que resumem as experiências das três crianças sírias escolhidas para o lançamento da série:

Malak e o barco

Esta foi a primeira animação produzida para a série, que conta a aventura da menina Malak, de 7 anos, para não morrer. Ela atravessou o mar com sua mãe e outros sírios em um barco furado, mas só ela sobreviveu. Hoje, vive numa ilha da Grécia em um centro de recepção de refugiados. Apesar de sua história triste, a menina vive sorrindo.

Ivine e o travesseiro

Hoje com 14 anos, a garota fugiu da Síria – agarrada ao seu travesseiro – e também enfrentou o mar em um bote inflável, na companhia de sua mãe e de outras pessoas. Hoje, vive em um campo de refugiados na Alemanha, onde enfrenta outros desafios.

Mustafa sai para uma caminhada

O garoto Mustafa, 13 anos, perdeu sua família e os amigos na guerra na Síria e fugiu sozinho levando alguns de seus brinquedos favoritos. Mas, exausto, teve que abandoná-los pelo caminho. Hoje, ainda muito abalado com sua condição, sente muita falta de ter um amigo.

Imagem: Divulgação

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Mônica Nunes

Jornalista com experiência em revistas e internet, escreveu sobre moda, luxo, saúde, educação financeira e sustentabilidade. Trabalhou durante 14 anos na Editora Abril. Foi editora na revista Claudia, no site feminino Paralela, e colaborou com Você S.A. e Capricho. Por oito anos, dirigiu o premiado site Planeta Sustentável, da mesma editora, considerado pela United Nations Foundation como o maior portal no tema. Integrou a Rede de Mulheres Líderes em Sustentabilidade e, em 2015, participou da conferência TEDxSãoPaulo.