Quando fotografamos, o sensor capta a luz em diferentes tons para cada um dos canais – vermelho, verde e azul -, transformando as informações em números que, depois, por um processamento muito sofisticado e complexo no computador da câmera, converte estes números em cores e tons em cada pixel da imagem. Os milhões de pixels lado a lado formarão a imagem para nós.
Na grande maioria das fotografias, o tempo que a câmera recebe a luz é de fração de segundo, nos passando a sensação de algo instantâneo e “congelando”o presente.
Quando queremos transmitir a noção de movimento, o ideal é aumentar o tempo que a câmera recebe a luz, desta maneira, é possível conseguir aquela imagem de “rastro”, com aparência de movimento ou fotografias borradas.
Então, na teoria, para as estrelas ficarem com rastros, é só deixar a câmera com o obturador aberto! Com filme funciona deste jeito, mas com digital o sensor é energizado quando disparamos e erros dos pixels vão se somando, o que provoca o ruído, que são distorções de informações entre os pixels, criando uma sensação desagradável com pontos coloridos ou que não combinam com os do seu lado.
Com o I.S.O. alto e longa exposição, este efeito indesejado se multiplica, tornando fotografias de longa exposição com ruídos tão altos, que muitas vezes não podemos utilizá-las.
Então, como fazer uma fotografia de mais de uma hora como esta acima?
A solução é colocar a câmera num tripé e disparar várias fotografias. No caso deste registro, para ser mais exato, foram 103 fotos, de 30 segundos, sem intervalo entre elas. Depois, juntá-las em programa adequado.
A somatória das estrelas levemente “riscadas” vai formar os riscos grandes como nesta imagem.
*Para fazer esta fotografia, usei câmera, Nkon D800, lente Nikon 12-24 com 30 segundos de exposição, total de fotografias 103 – ISO: 400 – fotografado em RAW
Para se aprofundar na fotografia, assista meu curso on-line neste link.
Programa para montagem de fotografias de estrelas em movimento. Eu uso dois programas o StarStacks, gratuito nesta página e o Photoshop, mais complexo, todavia, com algumas vantagens, que falarei em outra oportunidade.