Chapada dos Guimarães abriga primeiro Santuário de Elefantes da América Latina

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Post escrito em 15/8/2016 e atualizado em 4/10/2017

Desde setembro do ano passado, o Cerrado não é somente onças, araras, antas ou capivaras circulando pelo bioma, mas também elefantes. Isto porque – a cerca de uma hora do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães – foi inaugurado o Santuário de Elefantes Brasil (SEB), o sexto do mundo, numa área de 1.100 hectares que, antes, eram dedicados à criação de gado de corte. Isso só foi possível graças ao trabalho de duas organizações internacionais – a Global Sanctuary for Elephants (GSE)*, do Tenessee, EUA, e a ElephantVoices** – ambas dirigidas por renomados especialistas.

santuario-elefantes-brasil-junia-machadosantuario-dos-elefantes-brasil-scott-blais-xA iniciativa se deve também à paixão de uma brasileira, Junia Machado, por esse bicho amoroso. Ela representa a ElephantVoices no Brasil e se uniu à Scott Blaiss – que tem mais de 20 anos de experiência no manejo de elefantes africanos e asiáticos em zoos, circos e em santuários e é o fundador da GSE – para tocar o projeto. Por conta disso, ele está morando no Brasil há um bom tempo: inicialmente, para escolher o terreno para a instalação do santuário – visitou mais de 100 propriedades! – e acompanhar a primeira fase das obras.

Se você gosta de elefantes, pode ficar feliz com a iniciativa que vai devolver uma vida digna para alguns deles, mas não espere vê-los de perto. A reserva não é aberta à visitação pública. Os elefantes que lá chegam são acompanhados por tratadores, dos veterinários e especialistas. Não há público para exibi-los e o motivo é muito nobre. Todos são animais que viveram muitos anos em cativeiro – circo ou zoológico – e sofreram maus tratos. Alguns, como as elefantas Maia e Guida – as primeiras moradoras do santuário -, ficaram encarceradas por mais de 40 anos e há um ano, finalmente, estão sendo tratadas com espaço e muito amor. Outros estão muito debilitados e até sofrem de distúrbios mentais. Por isso, precisam ficar em paz.

50 jardineiros de florestas tropicais no Cerrado

Mas sua recuperação dos traumas sofridos é possível, mesmo? No blog do Santuário de Elefantes Brasil, há relatos terríveis sobre a vida desses animais em cativeiro. Mas lá, também, Scott relata que os elefantes podem levar cerca de um ano para resgatarem a confiança e a tranquilidade perdidas, mas se restabelecem completamente. Se depender do empenho de todos os envolvidos, não tenho dúvida.

santuario-dos-elefantes-brasil-chapada-dos-guimaraes-maia-e-guida-80050 elefantes chegarão ao santuário com estas tristes características. Do Chile, vem Ramba, que é mantida sob os cuidados da ONG Ecópolis e mora em um zoológico desde que foi tirada do circo onde “trabalhava”. Junia e Blaiss ajudaram a ONG a removê-la de lá. Mas ela só irá para o santuário depois de as elefantas asiáticas Maia e Guida, que moram em um sítio em Minas Gerais, estiverem devidamente instaladas. E, este ano, a previsão é que de mais dois elefantes, da Argentina, conheçam sua nova casa.

Mas o dinheiro para essas remoções não é suficiente – o santuário brasileiro se mantém com o aporte das duas instituições que apoiaram sua criação e também de doações de simpatizantes da causa. Por isso, o Santuário de Elefantes Brasil, antes de sua abertura, criou ma campanha de crowdfunding para levar suas primeiras moradoras (saiba detalhes no final do post).

Por que no Brasil?

Nosso país foi escolhido para abrigar o sexto santuário por diversos motivos e é Junia quem explica: “Desde 2010, a ElephantVoices, através da ElephantVoices Brasil, monitorava os cerca de 30 elefantes mantidos em cativeiro no país e trabalhava com legisladores para aprovação de uma lei nacional para proibir o uso de animais em circos. Hoje, onze estados brasileiros já têm leis nesse sentido e será necessário um local para receber os animais quando a lei nacional for implementada. Além disso, a América do Sul caminha na mesma direção, tendo cinco países com leis nacionais implantadas. Soma-se a isso, o fato de que o país tem regiões com excelente clima, como é o caso da região escolhida, e muita diversidade de vegetação”.

Foi assim que, em 2012, os diretores das duas entidades juntaram-se a Scott Blais como cofundadores da Global Sanctuary for Elephants, para implementação do projeto no Brasil. E Junia completa, com pesar: “O projeto de lei que proibirá o uso de animais em circos no Brasil ainda aguarda votação, infelizmente”.

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Dos 1.100 hectares do santuário – marcado por vales e colinas, além de grande variedade de vegetação e muita água –, apenas 40% foi pesquisado até agora e já foram encontrados um rio e 12 nascentes. Blaiss estudou a região e o Cerrado e ficou impressionado com sua beleza e abundância. Ele acredita que os elefantes se adaptarão muito bem, não só porque são originários da África e da Ásia, mas porque eles poderão se alimentar de gramíneas – que adoram! – e também de frutas, folhas diversas, grãos e vegetais.

O Santuário protegerá todos os animais que ali morarem: os nativos e seus novos amigos. Mas não só eles se beneficiarão da nova vida: a biodiversidade local também. Isto porque os elefantes ajudarão a proteger o meio ambiente local. Eles utilizam apenas 30% dos nutrientes dos alimentos ingeridos e não digerem todo o alimento, devolvendo as sementes para a natureza quando defecam. Assim, fertilizam as as áreas que habitam, tornando-as mais produtivas já que a natureza fica ainda mais abundante. Não é à toa que eles são conhecidos como jardineiros das florestas tropicais.

Por isso, mesmo antes de ficar pronto, o novo lar dos elefantes foi estava sendo pesquisado por professores e estudantes da UNESP de Rio Claro. Os cientistas querem mapear e documentar a fauna e a flora existentes na reserva e também entender os hábitos dos animais que lá vivem. Além de abrigar os elefantes e os animais que já vivem na área, o local será utilizado para a reintrodução de animais silvestres como a anta e servirá de objeto de estudos científicos. Isto significa que, mesmo depois da chegada dos novos moradores, os pesquisadores continuarão acompanhando a reserva para identificar e registrar alterações na biodiversidade. Que, certamente, ficará ainda mais exuberante com tanta vida nova por lá.

‘Vaquinha’ online tornou possível a vinda de Maia e Guida

A plataforma Vakinha foi a escolhida para abrigar o primeiro crowdfunding do Santuário de Elefantes Brasil, que ajudou a custear o transporte das elefantas asiáticas Maia e Guia para a Chapadas dos Guimarães. A história delas é muito triste, como a da maioria dos elefantes que viveram em cativeiro: ambas foram tiradas de sua família, ainda bebês, na Ásia, e passaram mais de 40 anos trabalhando em circos. Desde que foram libertadas das apresentações no picadeiro, em 2010, vivem acorrentadas em um sítio na cidade de Paraguaçu, em Minas Gerais.

a-jornada-de-maia-e-guida-mapa-xxO transporte das duas ficou muito caro e o SEB não tinha condições de assumir essa despesa já que a verba estava integralmente comprometida pela construção das instalações do santuário.

O americano Scott Blais já transportou cerca de 50 elefantes para santuários, quando trabalhava nos Estados Unidos – entre eles, elefantas do Zoo de Toronto, no Canadá, para o Santuário PAWS, na Califórnia – e também foi o responsável pela supervisão e pelo plano de transporte de Maia e Guida.

Agora, abaixo, assista ao vídeo realizado para a campanha. É de cortar o coração. Com ele, dá pra entender a importância desta iniciativa.

*Santuário de Elefantes Brasil é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em 2013 e presidida por Junia Machado, com sede na Chapada dos Guimarães/MT,  que resgata elefantes cativos em situação de risco e oferece a eles o espaço, as condições e os cuidados necessários para que possam se recuperar física e emocionalmente dos anos passados em cativeiro.

* Global Sanctuary for Elephants (GSF) é uma organização sem fins lucrativos, sediada no Tennessee, EUA, que tem por missão o fomento e o desenvolvimento de projetos de santuários de elefantes ao redor do mundo, sendo responsável pela instalação dos cinco já existentes: dois nos Estados Unidos e três na África e na Ásia. Seu presidente é Scott Blaiss que, hoje, mora no Brasil devido à implantação do santuário brasileiro. 

* ElephantVoices é uma organização científica e sem fins lucrativos da Califórnia, EUA, que mantém suas bases operacionais no Quênia em em Moçambique, onde realiza projetos de conservação, trabalhando com o bem-estar de elefantes que vivem em cativeiro no mundo todo. Tem como objetivo o desenvolvimento da cognição, comunicação e comportamento social dos elefantes, além da promoção de seu manejo e cuidados éticos dos mesmos, com base em pareceres científicos. Sua missão é inspirar a admiração pela inteligência, complexidade e vozes dos elefantes, garantindo-lhes um futuro melhor por meio de pesquisa, conservação e troca de conhecimentos. Seus diretores são a renomada Dra. Joyce Poole, etóloga e Phd em comportamento de elefantes, e Peter Granli, economista.

Fotos: Divulgação/Santuário de Elefantes Brasil

52 comentários em “Chapada dos Guimarães abriga primeiro Santuário de Elefantes da América Latina

  • 16 de agosto de 2016 em 10:56 AM
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    Usar o espaço para produzir riquezas que é bom nada… Outro dia vi uma tabela sobre gastos X produção dos estados brasileiros. Se todos produzissem mais do que gastam teríamos um país próspero. Mas a grande maioria dos estados gasta muito mais do que produz. Agora ao invés de usar o espaço para produzir vão criar elefantes? Brasileiro é tão bonzinho… Não duvidaria se falassem que a reserva esta em cima de uma grande jazida de alguma coisa e os gringos vão controlar a área para “cuidar” dos elefantes tadinhos…

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    • 4 de outubro de 2017 em 9:12 PM
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      Produzir agronegócio pra deixar meia dúzia de milionários mais ricos ainda, vendendo soja para China fazer ração para porcos, acabando com nascentes e gastando água para irrigação e essa grana ser gasta pelos fazendeiros em Miami, Paris ou comprando colar de pérolas para esposa e anel de brilhante para as amantes? O que são 1.100 hectares perto dos milhões que o Brasil já desmatou para meia dúzia aproveitar???

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  • 16 de agosto de 2016 em 11:02 AM
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    Desculpem minha dúvida.
    E o solo? Pessoal adora dizer que o gado ocasiona a compactação do solo, e os elefantes então?!!

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  • 16 de agosto de 2016 em 11:09 AM
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    As doações precisam ser facilitadas. A plataforma Vakinha exige nome completo, CPF, telefone e e-mail. Não é recomendável fornecer essas informações na internet. Deve haver uma maneira mais fácil.

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    • 17 de agosto de 2016 em 9:49 AM
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      Otávio, as doações podem ser feitas de diversas maneiras: PayPal, PagSeguro, cartões de crédito e depósito em conta,além do crowdfunding do Vakinha. As informações estão todas neste link do site do Santuário de Elefantes Brasil: http://santuariodeelefantes.org.br/doe/ Obrigada por escrever aqui. Seu comentário pode ajudar outros leitores também. Grande abraço.

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      • 18 de agosto de 2016 em 11:10 AM
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        Também quero contribuir. AMO ELEFANTES e estou muito feliz com essa noticia MARAVILHOSA!!! ;-)

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    • 18 de agosto de 2016 em 12:06 PM
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      Bom dia, existem outras opiniões e gostaria de saber se faz sentido o que irei copiar aqui de outras pessoas, pois a principio adorei o projeto porque amo os animais:

      Pessoa 1: Parece uma ideia péssima de todos os pontos de vista haha.
      Eles não vão aceitar visitação pública, então sei lá de onde vão tirar dinheiro pra manter esse lugar; Se a área era fazenda de gado já deve estar bem modificada, mas ainda assim os elefantes vão pisotear tudo. E eu nem consigo listar quantas interações ecológicas vão acontecer que eles não estão prevendo. Sera que isso já foi liberado? Às vezes eles estão cheios de certeza que vai rolar mas nem serão autorizados.

      Pessoa 2: Foi o que eu imaginei mesmo… tomara que não se concretize.

      Por favor, caso tenha tido análises, estudos, verificações em campo por profissionais que saibam o que estão fazendo, solicito que respondam para que eu possa informar essas pessoas q olham com muito pessimismo, com todo o direito, uma vez que vemos muitas coisas se aproveitando dos nossos bichinhos com ganancia e crueldade…

      Aguardo retorno.
      Obrigada
      Mônica Chaubet

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  • 16 de agosto de 2016 em 5:36 PM
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    estavam querendo fazer um parque de diversoes um tempo atras criando uma mini africano pará com elefantes, leoes, guepardos,veados etc.. espero que esse projeto seja só delimitado mesmo e que nao sirva de inicio a um futuro parque, pois a destruição do bioma seria eminente.. pois o bioma nao esta adaptado a esses tipos de animais.

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  • 17 de agosto de 2016 em 12:16 AM
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    Peraí, e se eles começarem a se reproduzir e causar enorme impacto ecológico pois são espécies exóticas ao meio???

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    • 4 de outubro de 2017 em 9:17 PM
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      O gado e braquiária que estavam lá também eram espécies exóticas. O que estraga o ambiente são as roçadas de pasto para eliminar toda vegetação que tenta se restaurar e deixar apenas pasto.

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  • 17 de agosto de 2016 em 1:12 AM
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    Por favor tentem retirar do Zoo do RJ o elefante que lá se encontra. Todo dia escuto os lamentos desse animal. É triste.

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    • 17 de agosto de 2016 em 9:52 AM
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      Mônica Nunes, você não vai liberar meu comentário anterior ? tem medo de opinião contrária a sua ?

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    • 17 de agosto de 2016 em 10:20 AM
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      Olá Afonso! Muito obrigada por comentar sobre essa violência, aqui. Passei seu apelo para a direção do Santuário dos Elefantes Brasil. O processo para tirar qualquer animal de zoo ou circo é bem complicado e envolve diversas instâncias. Mas vale informá-los para que comecem a ver o que pode ser feito, conhecer o zoo, o elefante, enfim… Tudo começa com o primeiro passo, né? Estou torcendo para que ele seja retirado de lá, o mais breve possível, e possa fazer companhia à Maia e Guida e os demais elefantes no Santuário. Seu apelo é de cortar o coração. Super obrigada, mais uma vez. Grande abraço.

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  • 17 de agosto de 2016 em 2:53 PM
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    Estou torcendo para que essas Elefantas consigam ir para seu novo lar. Vou ajudar e vou divulgar. Isso é muito importante!!

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    • 17 de agosto de 2016 em 6:41 PM
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      Super obrigada pela mensagem carinhosa, pela torcida e pelo apoio, Viviane!
      Toda ajuda é muito bem vinda. E agradeço também por acompanhar o Conexão Planeta. :-)
      Grande abraço

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  • 17 de agosto de 2016 em 5:31 PM
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    Fiquei em êxtase quando soube da implementação desta reserva aqui no Brasil. Parabéns à todos que estão trabalhando no resgate destes animais. Gratificante saber que agora terão uma vida digna. Vou propagar para tentar conseguir ajuda.

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    • 17 de agosto de 2016 em 6:38 PM
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      Yara,
      Que delícia de e-mail! Eu também fiquei feliz assim quando tomei conhecimento do projeto e também pela oportunidade de poder escrever sobre o Santuário.
      Super obrigada pelo apoio. Agradeço por mim e também em nome da Junia Machado, presidente do Santuário de Elefantes Brasil e de seus parceiros.
      Toda ajuda é bem vinda. Grande abraço

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  • 17 de agosto de 2016 em 5:55 PM
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    É uma tristeza o que, não só elefantes, mas como diversas outras espécies sofrem em espetáculos apenas para entreter as pessoas. Mas não seria melhor para os próprios animais voltarem às suas regiões de origem e ser realizado um trabalho de reintrodução na natureza? Talvez alocá-los em instituições que realizem o mesmo tipo de trabalho em suas regiões de origem? Eles não são endêmicos do Brasil. Nos EUA existem santuários de chipanzés e grandes felinos, que também não são animais daquele país. Apenas levantando a questão… Mas a iniciativa tem seu valor.

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  • 17 de agosto de 2016 em 6:48 PM
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    Grande e difícil iniciativa, mas incrivelmente amorosa. Sou absolutamente contra os Zoo e muito mais a utilização de animais em espetáculos circenses. Essas pobres criaturas são maltratadas com muita crueldade para aprender todos aqueles truques de apresentação. Apoio e vou contribuir.

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  • 17 de agosto de 2016 em 7:20 PM
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    Eeeee Cerrado… como es maltratado… #PachidermeEhSoNaAfrica #PreservemONossoCerrado

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    • 4 de outubro de 2017 em 9:20 PM
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      Engraçado que ninguém fica indignado com milhões de cabeça de gado que tem lá, nem com fazendeiros que promovem queimadas, mas basta pegar 0,001% para colocar elefantes que aliás, vivem em vegetação tipo cerrado…

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  • 17 de agosto de 2016 em 9:10 PM
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    Estou muito contente com esta iniciativa, ainda mais após as notícias de caça a elefantes na África e em estado de quase guerra em alguns países para lutarem contra este crime contra este animal tão sensível e inteligente. Irei ajudar e compartilhar.

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  • 17 de agosto de 2016 em 9:31 PM
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    Junia e Scott, vocês não imaginam minha alegria pelo sucesso do projeto. Sempre acreditei e espero ter contribuído dentro do que pude fazer. Forte abraço.

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    • 22 de agosto de 2016 em 4:17 PM
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      Olá Cândido! Tudo bem?
      Obrigada por acompanhar nosso trabalho e por este comentário.
      Ele também está sendo encaminhado diretamente para Junia e Scott.
      Grande abraço!

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  • 17 de agosto de 2016 em 10:33 PM
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    Vou divulgar para que as pessoas também se sensibilizem e façam doações. O elefante do Zoo do Rio de Janeiro precisa ser removido também. Espero que isso aconteça em breve! Parabéns pela iniciativa das instituições!

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  • 17 de agosto de 2016 em 11:12 PM
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    Foi com muita alegria e esperança que vi essa atitude digna de pessoas de espirito elevado , chorei e repassei para os amigos e minhas 2 filhas que amam a natureza e os animais e querem ajudar !! Namaste !

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  • 18 de agosto de 2016 em 1:02 AM
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    Qual será o impacto ambiental da introdução de uma espécie exótica?

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  • 18 de agosto de 2016 em 8:29 AM
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    Só esqueceram de dizer que elefantes são espécies não nativas no Brasil… certamente com um impacto enorme nos ecossistemas adjacentes ao santuário! Isso sempre deve ser considerado, mais do que a paixão por um animal em particular!!!

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  • 18 de agosto de 2016 em 10:18 AM
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    Nosso país vive um momento contraditório em questões ambientais, nossos hotspot de biomas quase 100% degradados sem nenhum projeto de educação ambiental para sensibilizar a conservação dos mesmos, pelo contrário, senadores aprovando leis para acabar com os estudos de impacto ambiental. Por exemplo a Serra da Capivara com 130 mil ha, um dos santuários mais importantes da fauna brasileira, fecha as portas. por descaso do ICMBIO não ter assinado a congestão com a FUMDHAM, falta investimentos para manter conservação do parque. Acho interessante cuidar dos bichos de “rua”, mas vamos cuidar dos de “casa” em primeiro lugar. Claro que isso não impede conservação dos animais que estarão na área habitada pelos lindos elephantes, porém na ecologia, introdução de novas espécies pode acarretar outros problemas que ainda não conhecemos.

    Resposta
  • 18 de agosto de 2016 em 1:35 PM
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    Achei incrível a iniciativa e espero que tudo corra bem para que se realize!
    Como estudante de veterinária e amante dos elefantes gostaria de poder ajudar ao máximo. Você saberia a quem eu poderia procurar para caso seja possível eu me inscreva em algum projeto para ajudar? Seja como tratador ou como estagiário, ajudaria mesmo sem remuneração alguma.

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    • 22 de agosto de 2016 em 4:00 PM
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      Kenneth, tudo bem?
      Obrigada por acompanhar nosso trabalho e por seu comentário.
      Muito bacana seu interesse na iniciativa e seu amor pelos elefantes.
      O melhor a fazer é entrar em contato com o Santuário de Elefantes Brasil, pelo e-mail info@santuariodeelefantes.org.br.
      Eles também mantêm endereço para correspondência: Rua Tiradentes, Caixa Postal 201, Chapada dos Guimarães – MT – cep 78195-970.
      Vale acompanhar a página do Santuário de Elefantes Brasil no Facebook https://www.facebook.com/santuariodeelefantes/?fref=ts – e também seu perfil no Instagram.
      Abraços e boa sorte ! :-)

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  • 19 de agosto de 2016 em 12:12 PM
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    Fico muito assustada e indignada em saber dessa iniciativa. Assustada por ser a introducao de uma especie exotica, num bioma muito sensivel que e o Serrado, ainda mais sendo tao proximo de um Parque Nacional. Quero muito saber como o IBAMA autorizou .

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  • 20 de agosto de 2016 em 8:53 AM
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    E o impacto ambiental que esses grandes animais causam nesse bioma? Quantas espécies nativas vão ser ameaçadas? Quantas vão entrar em extinção por conta da destruição do seus habitat que sofrerão por conta da ação desse animal exógeno?

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  • 20 de agosto de 2016 em 7:31 PM
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    Também gosto muito dos animais, mas estes são de outra região do planeta. Se eles se espalharem por aí pode acontecer um desequilíbrio em nosso ecossistema. pode gerar um desequilíbrio ecológico com extinção de espécies nativas brasileiras como aconteceu com os búfalos quando se espalharam por aí. Entendo pouco do assunto mas, a gente sabe como as coisas acontecem no Brasil, no início é aquela empolgação e o projeto começa bem, pouco a pouco, até por falta de recursos, vão começar a ser abandonados por todo o cerrado, concorrendo por alimentos com outros animais. Sem falar que o cerrado já vem enfrentando tantos problemas com desmatamentos que só o que ele não precisa é terminar virando uma savana. Esse projeto precisava ser implementado na África. Sou a favor da transferência de todos eles para a África. Colocá-los aqui, acho que será um enorme erro. Abs

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  • 21 de agosto de 2016 em 2:39 AM
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    Temos que restaurar o habitat natural de cada animal e de cada pais..nossos biomas nativos altamente prejudicados nao temos q nos preocupar com elefantes.. esta errado sos mata atlantica

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  • 21 de agosto de 2016 em 10:51 AM
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    Que delícia de notícia! Como funciona para visitar a reserva?

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    • 22 de agosto de 2016 em 4:27 PM
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      Olá Ana! Tudo bem?
      Obrigada por nos acompanhar e comentar aqui.
      Como escrevi na reportagem, a reserva não será aberta à visitação pública.
      Mas o ideal é acompanhar o site do Santuário de Elefantes Brasil e sua página no Facebook para saber notícias atualizadas.
      Quem sabe, quando todos os animais estiverem devidamente instalados, o Santuário altere essa regra e abra para o público…
      Grande abraço!

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  • 21 de agosto de 2016 em 9:00 PM
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    Parabéns pela maravilhosa iniciativa! Fiquei emocionada, pois amo os animais e fico muito revoltada com os maus tratos que os humanos lhes inflingem. E orgulhosa por terem escolhido nosso país para tão nobre projeto! Vou contribuir e .ajudar a divulgar. Obrigada por estarem fazendo uma coisa que eu gostaria muito de fazer. Abraços!

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    • 22 de agosto de 2016 em 3:47 PM
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      Zeny, tudo bem?
      Obrigada pelo comentário e pelo interesse em nosso trabalho e no Santuário.
      Grande abraço

      Resposta
  • 22 de agosto de 2016 em 1:22 AM
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    Que desgraça, os pobres animais do Cerrado quase já não tem lugar para ficar e agora criam parques para animais exóticos no lugar onde eles deveriam ser abrigados. É um lástima esse país.

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  • 22 de agosto de 2016 em 7:41 AM
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    Será proibida a entrada no Santuário, mesmo antes dos elefantes serem removidos para lá? Gostaria mto de conhecer esse lugar . Vou colaborar com o que eu puder no momento. Entrarei no site . Grata , Enid Maria Dias de Carvalho.

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    • 22 de agosto de 2016 em 3:41 PM
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      Enid, tudo bem?
      Obrigada por seu comentário e pelo interesse.
      O Santuário, a princípio, não será aberto à visitação pública. E isso se deve ao fato de que eles querem concentrar esforços e atenção aos animais. O trabalho é longo e muito grande.
      O ideal é acompanhar o site da iniciativa para saber notícias atualizadas e manter contato. Eles respondem às solicitações que recebem. Quem sabe se houver grande procura – o que não duvido, pelo tema e pelo interesse que as pessoas têm manifestado -, a direção pode criar formas de receber o público no futuro.
      Grande abraço!

      Resposta
  • 22 de agosto de 2016 em 11:40 AM
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    Bom dia. No bosque de Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo. Existe uma elefante fêmea. Ela era de circo, o circo faliu e o dono deixou ela no bosque. Mais ela vive num cubículo tem o olhar triste e o bosque não tem dinheiro para alimentar os animais. É muito triste

    Resposta
    • 22 de agosto de 2016 em 3:36 PM
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      Maiara, tudo bem?
      Muito obrigada por seu comentário e por nos contar essa história.
      Passei as informações e seu e-mail para a direção do Santuário, ok?
      Quem sabe eles podem ajudar ou encaminhar o assunto a quem possa.
      Abraços,

      Resposta
  • 31 de agosto de 2016 em 10:44 AM
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    Fiquei muito feliz de ler essa reportagem e vou ajudar esse projeto. Entendo que a visitação do público ao santuário numa primeira fase deva ser impedida mesmo. Mas acho que depois de algum tempo deveria ser aberta para visitação e cobrar por isso. Seria uma boa fonte de renda. Tenho certeza de que milhares de pessoas na América latina teriam interesse e pagariam para ver um santuário de Elefantes numa região que também e muito bonita. alessandrosousa2004@yahoo.com.br

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  • 12 de setembro de 2016 em 12:53 AM
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    Eu sei que eu sou uma única pessoa dentro de um país com milhões de cidadãos, mas eu ainda assim gostaria de expressar minha opinião e esperar que de alguma forma esse post vai chegar aos criadores desse projeto aparentemente belo. POR FAVOR PAREM! É sério. O Brasil NÃO é um país preparado para abrigar elefantes. Não tem fauna e flora adaptado a alimentar e se alimentar desses animais. Vocês podem achar que estão fazendo um bem, mas não estão. Pode até ser bom para os elefantes (a priori), mas não vai ser para o país e a fauna e flora nativa. Se querem zelar pela natureza eu aprecio e agradeço a iniciativa, mas elefantes no Brasil NÃO é correto. NÃO é natural. Por favor parem enquanto ainda não há estragos. Tantos outros mamíferos brasileiros lindos para vocês protegerem, por que ir atrás de elefantes? Se quiserem salvar elefantes da américa do sul existe outras maneiras de fazer isso, então POR FAVOR PAREM AGORA.

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    • 10 de novembro de 2019 em 2:55 PM
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      Sugiro dar uma estudadinha em Biomas e regiões fitogeográficas.

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  • 17 de setembro de 2016 em 8:38 AM
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    Elefantes no cerrado? Alguém pensou no impacto desses animais sobre o bioma e biodiversidade nativos?

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    • 10 de novembro de 2019 em 2:56 PM
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      Eles não vão ocupar todo o Cerrado, mas um pequeno local dele! Leia a matéria toda, não só o título!

      Resposta
  • 10 de novembro de 2019 em 3:09 PM
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    A maioria dos que criticam são aqueles que não toma nenhuma atitude. Não ajudam em nada, mas pra ficar atrás da tela de um computador reclamando são ninjas! São aqueles que não tem um pingo de coragem e boa vontade de colocar uma vasilha com água para os animais de rua beberem. Li o comentário de uma rapaz reclamando que nesta área deveria haver plantio de produtos agrícolas! Não precisamos aumentar as áreas de lavoura, precisamos aumentar a produtividade, fazer a área produzir mais através de tecnologias e técnicas saudáveis de aumento de produtividade do solo! O problema não está no que vc acha, está no fato de que grande parte da produção se perde durante o seu escoamento! É um visão simplista e abrutalhada, típica do Governo que está aí.
    Quanto à iniciativa, acho muito louvável, uma vez que não terá esse impacto todo que estão reclamando! Quem teve o cuidado de ler a matéria toda percebeu que esses animais ficarão restritos a uma pequena área do Cerrado, sendo monitorados e cuidados! Vão ajudar alguma causa importante ao invés de ficar pensando apenas em gerar riquezas.

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Mônica Nunes

Jornalista com experiência em revistas e internet, escreveu sobre moda, luxo, saúde, educação financeira e sustentabilidade. Trabalhou durante 14 anos na Editora Abril. Foi editora na revista Claudia, no site feminino Paralela, e colaborou com Você S.A. e Capricho. Por oito anos, dirigiu o premiado site Planeta Sustentável, da mesma editora, considerado pela United Nations Foundation como o maior portal no tema. Integrou a Rede de Mulheres Líderes em Sustentabilidade e, em 2015, participou da conferência TEDxSãoPaulo.