A grave crise hídrica que atingiu a região Sudeste do país ganhou a atenção do país todo no ano passado. O Sistema Cantareira, que abastece a grande São Paulo, foi um dos mais afetados. Era ele o que parecia mais preocupar a todos. O bom índice de chuvas registrado em São Paulo nos últimos meses fez a situação melhorar, mas ainda está longe de estar resolvida. Em dezembro, depois de 19 meses, a água do volume morto deixou de ser utilizada. Atualmente o nível do Cantareira está em torno de 43%.
O problema é que muito se falou em São Paulo, enquanto o estado do Rio de Janeiro vive um cenário tão alarmante quanto seu vizinho. Em janeiro de 2015, o Paraibúna, maior reservatório que abastece o Rio, chegou ao volume morto. No último domingo, 24/1, o sistema funcionava com apenas 25% da capacidade total. Os mananciais da bacia do Rio Paraíba do Sul também estão destruídos e contam apenas com cerca de 13% da floresta original.
Justamente no ano em que a capital carioca vai sediar os Jogos Olímpicos, pouca atenção é dada para estes números. Para alertar a população sobre o descaso com a água no estado foi lançada a campanha “Rio Maravilha Sem Água”. A iniciativa é uma parceria entre o Greenpeace Brasil e a organização Meu Rio.
De acordo com as entidades, mesmo com a gravidade da situação, o governo do estado não divulgou ainda nenhum plano de emergência para a crise hídrica. O que se pede também é transparência nas informações e o envolvimento da sociedade nos debates sobre políticas públicas para resolver o problema.
Os organizadores da campanha criaram diversos cartões postais, como o que abre este post, para serem divulgados nas redes sociais. Eles retratam cenários imaginários de um Rio de Janeiro sem água.
Se você quer se juntar a este movimento, acesse agora o site do “Rio Maravilha Sem Água”.
Imagem: divulgação Rio Maravilha Sem Água