Botsuana libera novamente a caça a elefantes

Botsuana libera novamente a caça a elefantes

Em 2014, o então presidente do país africando de Botsuana, Ian Khama, proibiu à caça dos elefantes.

Estima-se que a população de elefantes africanos foi reduzida em 30% nos últimos anos. Aproximadamente 144 mil desses animais foram mortos entre 2007 e 2014, sobretudo, por causa da caça criminosa para a retirada do marfim de suas presas para alimentar o comércio ilegal da Ásia.

O Great Elephant Census, realizado em 2016, contabilizou pouco mais de 350 mil elefantes em 18 países monitorados – sendo 130 mil apenas em Botsuana. No século 19, havia cerca de 12 milhões deles na África.

Esta semana, em nota divulgada nas redes sociais, o ministro do Meio Ambiente, Recursos Naturais, Conservação e Turismo de Botsuana, anunciou que o país derrubou a proibição do governo anterior e voltará a permitir a caça de elefantes.

Entre as alegações levantadas pelo ministério estão o aumento do número de conflitos entre o maior mamífero da Terra e humanos e a consequência disso sobre as comunidades onde vivem. Muitos agricultores reclamaram que os elefantes estavam destruindo plantações e matando criações de animais.

Rapidamente, entidades de conservação vieram a público protestar contra a liberação da caça. “É uma decisão horrorosa… Além da caça ser moralmente questionável, a revogação da proibição ameaçará os esforços em proteger esses gigantes e prejudicará a valiosa indústria do turismo de Botsuana”, disse a Humane Society International.

Ao contrário do ex-presidente, o atual, Mokgweetsi Masisi não está preocupado com a proteção dos elefantes. No mês passado, ele causou polêmica ao presentear líderes do Zimbabwe, Zâmbia e Namíbia, que visitaram Botsuana, com bancos feitos com pés de elefantes.

*Com informações do The Washington Post

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Foto: domínio público/pixabay

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Suzana Camargo

Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.