Agora é pra valer: já começou a produção de 1 milhão de tênis feitos com lixo plástico do oceano!

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Quando mostramos aqui no, Conexão Planeta, a notícia de que a parceria entre a organização ambiental Parley for the Oceans e a Adidas tinha resultado na fabricação de um tênis feito com fios plásticos de redes de pesca, apreendidas na costa das Ilhas Maldivas, no Oceano Índico, o produto era somente um protótipo criado em uma impressora 3D.

Agora, Adidas e Parley acabam de anunciar que, a partir deste mês, 7 mil tênis estarão à venda nas lojas da marca, ao preço de 220 dólares. Cada par usa onze garrafas plásticas, transformadas em fios, na fabricação de sua parte superior. Já a sola, cadarço e a meia embutida são confeccionados com resíduos de garrafas PET reciclados.

Além do tênis, batizado de UltraBOOST Uncaged Parley, a marca desenvolveu camisas, também com lixo plástico, para os jogadores de futebol das equipes do Real Madrid e Bayern de Munique.

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Camisa da seleção do Bayer de Munique feita com resíduos plásticos

Longe de ser somente uma ação de marketing (é isso o que esperamos!), a Adidas se comprometeu publicamente a produzir, até o final de 2017, no mínimo 1 milhão de pares do novo tênis. O objetivo da empresa, impulsionada pela parceria com a Parley, é deixar de usar plástico virgem na fabricação de seus calçados.

Estima-se que estejam espalhados pelos oceanos do planeta aproximadamente 5,2 trilhões de resíduos plásticos. Este mês, uma imagem chocante rodou o mundo, mostrando imensas baleias cachalotes mortas na areia. Treze delas encalharam em março deste ano, na costa norte da Alemanha, mas só agora, em novembro, pesquisadores daquele país divulgaram o resultado da necrópsia realizada nos animais e revelaram que, no estômago de quatro delas, foi encontrada uma enorme quantidade de resíduos plásticos, entre eles, uma rede de pesca de 13 metros de comprimento. Eles afirmam, entretanto, que esta não foi a causa da morte das baleias.

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“Ninguém conseguirá salvar os oceanos sozinho. Cada um de nós deve desempenhar um papel. Está nas mãos das indústrias inovadoras reinventar materiais, produtos e modelos de negócios. E o consumidor deve pressionar por esta mudança”, afirmou Cyrill Gutsch, fundador da Parley for the Oceans.

 

Fotos: divulgação Adidas/Parley e Wadden Sea National Park/Schleswig-Holstein

17 comentários em “Agora é pra valer: já começou a produção de 1 milhão de tênis feitos com lixo plástico do oceano!

  • 26 de novembro de 2016 em 5:54 PM
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    Importantíssimo para o futuro da Fauna, Flora e dos Humanos. Trabalho maravilhoso com ajuda de muitos e precisamos que muitas outras pessoas se conscientizem da preservação do meio em que vivemos.

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  • 4 de janeiro de 2017 em 9:49 AM
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    Simplesmente, SENSACIONAL!!!

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  • 4 de janeiro de 2017 em 1:03 PM
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    U$220,00 (dólares) cada tenis? Vai chegar no Brasil no mínimo a 1mil reais! Legal a iniciativa mas deveria ser um produto mais acessível aos consumidores! ?

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    • 5 de janeiro de 2017 em 7:22 PM
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      concordo com vc sendo mais em conta todos comparam…já que a situação do brasileiro é de falência!

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    • 6 de janeiro de 2017 em 5:00 PM
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      Concordo, pois assim é que fazia sentido, despromover as economias capitalistas… Mas infelizmente o dinheiro movimenta este mundo… Que tristeza!!!!

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  • 4 de janeiro de 2017 em 2:59 PM
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    Primeiro ele tera custo menos para a adidas ja q nao e plastico virgem, o q teoricamente deixaria o tenis mais barato q os demais da marca.
    Segundo deveriam ate como estrategia de marketing, reverter um % da venda para ONG’s ambientalistas, como Green peace.
    #soacho

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  • 4 de janeiro de 2017 em 4:32 PM
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    Excelente iniciativa! Esperemos, no entanto, que quem produz esse tipo de calçado trabalhe em condições que não contrariem os direitos humanos, nomeadamente em situações de trabalho infantil ou em fábricas que não assegurem mínima segurança e pagamento aos trabalhores. Isso seria uma desilusão, tendo em conta a grandeza deste projeto no que respeita à reutilização de recursos.

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  • 4 de janeiro de 2017 em 6:43 PM
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    adidas surpreendendo mais e mais. ótima iniciativa

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    • 5 de janeiro de 2017 em 7:44 PM
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      Também gostava de ter, a iniciativa é maravilhosa, pena eu não poder comprar um produto tão caro para mim

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  • 6 de janeiro de 2017 em 12:18 AM
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    A ideia é boa, mas sao muitos caros nem vale apena investigar mais…..
    – Portugal

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  • 6 de janeiro de 2017 em 1:33 AM
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    Perfeita a elaboração e venda do “tênis”!
    Achei fantástica a iniciativa. …………pena que atentem ao valor de venda no mercado!
    Só pra burguês………… muito triste
    Ah!……e burguês americano claro!

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  • 7 de janeiro de 2017 em 1:42 PM
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    A empresa tem uma bela iniciativa e os chatos de plantão já começam colocando ideologia onde não tem pq “é pra burguês”. Vcs não percebem que graças a busca pelo lucro a empresa tomou uma decisão tão bonita? Não importa se eles estão interessados no dinheiro, os impactos é que contam! Enquanto vcs ficarem com essa mentalidade ingênua de que só vai dar certo se for pelo belo sentimento de amor ao próximo nossa sociedade não vai pra frente! E cacete adidas, diminui essa bosta de preço, ninguém vai comprar essa bosta por isso, tá pensando o que, que somos compradores de iPhone? Não pera….

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  • 7 de janeiro de 2017 em 4:50 PM
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    Realmente uma atitude inovadora e com foco na meio ambiente. Acredito que o valor dos tênis estão caros por ter apelo inovador e com poucos unidades disponíveis em primeira mão.
    Vamos esperar pra ver se a Adidas com uma produção mundial consiga diminuir o valor dos tênis para que todos tenham acesso e se tornem fiéis a marca pensando no apoio ao projeto.

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  • 7 de janeiro de 2017 em 7:37 PM
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    Óptima e fantástica ideia, mas é de lamentar o preço tão elevado.

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  • 8 de janeiro de 2017 em 3:01 PM
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    Acho que seria muito mais economico e viavel se esse lixo todo nao existisse. Era so o animal chamado de ser humano nao jogasse mais seu lixo no Mar. Bastaria isso somente para essa materia prima nao existir mais!

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    • 9 de janeiro de 2017 em 9:07 AM
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      Você tem toda razão, Maria Augusta. Infelizmente, ainda falta consciência para o ser humano. Mas cada um fazendo sua parte, conseguiremos mudar esta realidade.
      Obrigada pela mensagem!
      Abraço,
      Suzana

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Suzana Camargo

Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.