Atriz participa da campanha da PETA para boicotar o SeaWorld


Você consegue se imaginar presa/o em uma caixa de vidro, da qual não pode sair e só vê um mundo limitado? Sem liberdade e ainda tendo que obedecer aos caprichos de outros seres? Dia após dia, numa rotina massacrante e estressante. É exatamente assim que vivem as baleias orcas do parque aquático SeaWorld, em Orlando, Flórida, nos EUA. E é essa a mensagem que a PETA, organização pelos direitos animais, promove em sua mais nova campanha que teve a adesão da atriz e cantora americana Noah Cyrus.

O poster dessa campanha – clicado pelo fotógrafo de celebridades Brian Bowen Smith – mostra a jovem dentro de um pequeno tanque de vidro com água, colocado em uma praia, e ao fundo o oceano, inalcançável para ela. A frase “A vida não é uma praia em cativeiro. Boicote SeaWorld”.


PETA e Noah pedem o boicote total ao parque aquático americano e a libertação de todas as baleias que vivem aprisionadas, em cativeiro. E mais: exigem que elas sejam encaminhadas a santuários especializados em animais para reabilitação.

Com essa adesão, Noah se junta a uma extensa lista de famosos que apoiam as campanhas radicais da PETA, entre elas: Jhené Aiko, Steve Aoki, Travis Barker, Fifth Harmony, Kesha e Pkk.

Baleias assassinas? Ou lentamente assassinadas?

De acordo com a organização, 41 baleias orcas já morreram no SeaWorld – seis, este ano!! – e a organização mantém grupos muito grandes num mesmo espaço, o que pode ocasionar estresse ainda maior e violência entre os animais. Absolutamente compreensível já que estão confinadas, nunca nadam nem se movimentam como acontece com as baleias nos oceanos, que chegam a percorrer mais de 200 quilômetros todos os dias.

Denúncias contra parques aquáticos que exibem shows acrobáticos com baleias nos Estados Unidos não é recente. Mas foi com o documentário Blackfish: fúria animal, lançado em 2013, que surgiu um movimento maior contra esse tipo de prática abominável. Como já escrevi, aqui no Conexão Planeta, em novembro de 2015, “o vídeo revela o tratamento cruel dado às orcas que, além de serem capturadas de forma covarde, ainda filhotes, são mantidas em minúsculos tanques e passam fome quando não correspondem às orientações de seus treinadores. Tais medidas obviamente resultam em comportamentos anti-sociais e agressivos como ataques contra treinadores e, em alguns casos, sua morte. Tilikum, a orca (macho) mais famosa e agressiva, é protagonista desse documentário – matou sua treinadora e outras pessoas -, e hoje é mantida por sua potência para a reprodução em cativeiro”.

Em março de 2016, publiquei uma boa notícia: SeaWorld acaba com reprodução de baleias em cativeiro. Mas Tilikum morreu no início deste ano, segundo seus treinadores, porque ficou doente e não se recuperou.

Agora, assista à entrevista que Noah Cyrus concedeu a respeito da campanha:

Fotos: Divulgação/PETA

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Mônica Nunes

Jornalista com experiência em revistas e internet, escreveu sobre moda, luxo, saúde, educação financeira e sustentabilidade. Trabalhou durante 14 anos na Editora Abril. Foi editora na revista Claudia, no site feminino Paralela, e colaborou com Você S.A. e Capricho. Por oito anos, dirigiu o premiado site Planeta Sustentável, da mesma editora, considerado pela United Nations Foundation como o maior portal no tema. Integrou a Rede de Mulheres Líderes em Sustentabilidade e, em 2015, participou da conferência TEDxSãoPaulo.