67% das cidades africanas correm risco extremo com as mudanças climáticas

É o que revela o Índice de Vulnerabilidade à Mudança Climática, publicado todos os anos pelo escritório de consultoria de riscos globais Verisk Maplecroft. As principais causas para esse diagnóstico são o aumento da população e as infraestruturas medíocres adotadas por governos e empresas e que não protegerão a população de catástrofes e do clima muito quente.

Para embasar a questão populacional, basta recorrer a um dado da ONU, que indica que, das 100 cidades com maior crescimento demográfico no mundo, 86 estão na África.

O relatório também avalia as cidades com maior risco à catástrofes, desastres naturais, conflitos. Três cidades africana estão no topo desse ranking. São elas: a capital centro-africana Bangui, Moróvia (capital da Libéria) e Mbuji-Mayi, na República Democrática do Congo.

A capacidade de resistir aos choques climáticos também é um ponto importante no novo Índice. Entre as dez primeiras cidades mais vulneráveis, estão oito africanas.

Nova Délhi, Bombaim, México e Carachi – que são algumas das cidades mais povoadas do planeta – estão classificadas no estudo como de “risco elevado”, ou seja, nas quais suas economias e populações podem ser afetadas negativamente.

Entre as de menor risco, três cidades britânicas: Glasgow, Belfast e Edimburgo. E claro que o relatório aponta também as que não representam risco: as francesas Rennes e Rouen e a alemã Hanover estão entre as dez mais bem classificadas no ranking.

Como funciona o Índice 

Divulgado anualmente pela empresa de consultoria de riscos globais Maplecroft, oferece a corporações informações essenciais para que conheçam áreas de risco para suas operações, cadeias de suprimento e investimentos.

O índice leva em conta 42 fatores sociais, econômicos e ambientais para avaliar as vulnerabilidades de cada local, que incluem: exposição a desastres naturais relacionados ao clima e aumento do nível do mar; sensibilidade humana, em termos de padrões populacionais, desenvolvimento, recursos naturais, dependência agrícola e conflitos; em terceiro lugar, o índice avalia a vulnerabilidade futura, considerando a capacidade de adaptação do governo de um país e a infraestrutura para combater as mudanças climáticas.

Com informações do Estadão e Verisk Maplecroft

Foto: Ben White/Unsplash

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Mônica Nunes

Jornalista com experiência em revistas e internet, escreveu sobre moda, luxo, saúde, educação financeira e sustentabilidade. Trabalhou durante 14 anos na Editora Abril. Foi editora na revista Claudia, no site feminino Paralela, e colaborou com Você S.A. e Capricho. Por oito anos, dirigiu o premiado site Planeta Sustentável, da mesma editora, considerado pela United Nations Foundation como o maior portal no tema. Integrou a Rede de Mulheres Líderes em Sustentabilidade e, em 2015, participou da conferência TEDxSãoPaulo.